O que a propaganda da Gillette nos diz sobre masculinidade tóxica
Campanha oferece uma reflexão sobre a geração de homens que a sociedade deveria construir
A discussão sobre machismo está cada vez mais presente nas redes sociais, mas, quando debatemos essa pauta, normalmente falamos sobre como a sociedade patriarcal é maléfica para as mulheres. Nesta semana, a Gillette — marca muito associada ao sexo masculino — quis fazer diferente e trouxe para o debate uma outra questão: a masculinidade tóxica.
Em sua nova campanha “The Best Men Can Be” (“O Melhor que os homens podem ser”, em tradução livre), a Gillette propõe uma mudança de costumes em relação à masculinidade agressiva, com situações que envolvem machismo, bullying e assédio sexual. A iniciativa, que poderia ser um verdadeiro marco para uma mudança de comportamento, fez exatamente o contrário. Muitos homens criticaram a propaganda, com reações negativas e até ameaças de boicote a marca.
A grande pergunta é: mas por quê?
Parece que os homens ainda não entenderam que a masculinidade tóxica é um mal para todos, não apenas para as mulheres. A pressão da sociedade para que a figura masculina seja o provedor, não chore, não demonstre fraqueza, seja mulherengo, etc. também é extremamente perigosa para a saúde mental dos caras. Mas, ao invés de refletirem e buscarem uma mudança, eles criticam quando alguém tenta trazer a questão à tona. Enxergam como um ataque pessoal, uma grande ofensa e logo começam com aquele de papinho “ah, mas nem todo homem…”. As pessoas acharam que aquela propaganda quis dizer que todos os homens são abusivos, violentos, quando, na verdade, a mensagem não é essa.
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Texto escrito por Ana Clara Barbosa e publicado no Superela