O que dizem os que defendem os atos golpistas de bloqueios de rodovias

As manifestações estão sendo estimuladas por influenciadores bolsonaristas, muitos dos quais já foram alvos de inquéritos no STF

Os atos golpistas de bloqueios de rodovias realizado por caminhoneiros bolsonaristas pelo Brasil estão sendo estimulados por influenciadores apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições do último domingo, 30.

O que dizem os que defendem os atos golpistas de bloqueios de rodovias
Créditos: Reprodução/Agência Brasil
O que dizem os que defendem os atos golpistas de bloqueios de rodovias

Muitos desses influenciadores bolsonaristas já foram alvos de inquéritos no STF.

Dentre as mais famosas apoiadoras dos bloqueios de rodovias está a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ela usou suas redes sociais para apoiar o movimento golpista. “Parabéns, caminhoneiros. Permaneçam, não esmoreçam”, escreveu ela, que na véspera da eleição foi filmada correndo com uma arma empunhada apontada para um homem negro na região dos Jardins, em São Paulo.

O presidente do PTB em São Paulo, o empresário Otavio Fakhoury também defendeu os atos golpistas de bloqueio de rodovias. “Uma coisa eu devo dizer aos caminhoneiros: vocês têm o meu respeito!!!, escreveu ele, que é investigado no inquérito das fake news.

O editor do jornal eletrônico Brasil Sem Medo, fundado por Olavo de Carvalho, Silvio Grimaldo criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por permitir que as Polícias Militares atuem contra os manifestantes para desfazer os bloqueios. “É a hora da verdade, vamos ver qual comandante vai jogar a PM contra o povo, como muitos fizeram na pandemia”.

O influenciador católico conservador, Bernardo Kuster disse que a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal “estão cagando para as ordens de Moraes [de desbloquear as rodovias]”. “Depois que os presídios comemorarem o resultado das urnas, fica difícil, né… Nego tem família”, afirmou.

Além deles, em grupos bolsonarista no WhatsApp, os apoiadores de Bolsonaro defendem que os atos golpistas de bloqueio de rodovias seja traduzido em intervenção militar.

“O Povo do Brasil, normalmente pacífico, não aceita o golpe do Judiciário, que tirou um ladrão da cadeia e e tenta colocá-lo na Presidência da República. É justa e patriótica a indignação. É o exercício da cidadania, negado em urnas suspeitas”, disse o produtor rural Antonio Ribas Paiva, em um desses grupos.