O que Lênin não viu: conheça as 20 cidades mais igualitárias do país
Todas as cidades da lista encontram-se na região sul do Brasil
Passados mais de vinte anos desde o fim da União Soviética, o que o Palácio do Kremlin não viu foi as pequenas cidades de São José do Hortêncio, no Rio Grande do Sul, e Botuverá, em Santa Catarina. Os municípios estão entre os dois mais igualitários de todo Brasil, de acordo com o índice Gini, que mede a concentração de renda de determinados setores.
Nas duas cidades, os moradores considerados ricos e pobres possuem uma renda mensal com pouca ou quase nenhuma diferença. Situação que faz com que a população não viva a desigualdade econômica que transforma o Brasil em um dos países mais injustos do mundo. Aqui, o Catraca Livre destaca algumas das 20 cidades mais igualitárias do Brasil.
Entenda o Índice Gini
O índice Gini varia de zero a um, assim seu critério é que: quanto mais próximo do um mais a região estudada concentra renda, ou seja, o ideal é que o índice se aproxime do zero. Pela ferramenta, é possível saber o nível de desigualdade social de cidades e países. Ambos os municípios da região sul do Brasil apresentam média de 0,28, segundo informações reunidas no Atlas 2013 da ONU.
São José do Hortêncio – RS
Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,28
Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,36
População – 4.094
Em São José do Hortêncio, os 10% mais ricos ganham quatro vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.
Botuverá – SC
Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,28
Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,49
População – 4.468 habitantes
Em Botuverá, os 10% mais ricos ganham 4,1 vezes mais que os 40% mais pobres.
São Vendelino – RS
Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,29
Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,50
População – 1.944 habitantes
Em São Vendelino, os 10% mais ricos ganham 4,3 vezes mais que os 40% mais pobres.