OAB critica ex-advogado da mulher que acusou Neymar de estupro
"É dever ético do advogado resguardar o sigilo e as comunicações feitas pelo cliente, que são absolutamente confidenciais", afirmou a OAB-SP
A Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) critica a conduta do ex-advogado da mulher que acusou Neymar de estupro.
A entidade divulgou uma nota, após José Edgard da Cunha Bueno Filho ter declarado ao Jornal Nacional, na TV Globo que sua ex-cliente faltou com a verdade ao afirmar que foi estuprada.
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A repercussão foi tão ruim que, nesta terça-feira, 4, a OAB-SP divulgou nota frisando os deveres dos advogados. “É dever ético do advogado resguardar o sigilo e as comunicações feitas pelo cliente, que são absolutamente confidenciais, ressalvada a hipótese de grave ameaça à honra, entre outras”, diz a nota.
O documento não cita diretamente Bueno Filho, nem o caso do suposto estupro. Porém é veiculada no dia seguinte após as declarações terem repercussão nacional.
O texto dá a entender que Bueno Filho responderá a processo ético. “Todas as infrações disciplinares são apuradas pelo Tribunal de Ética e Disciplina e tramitam em absoluto sigilo”. Mas por conta do sigilo, a entidade não confirmou a abertura de investigação.
Mas, além da crítica, a nota ressalvou diretos do advogado. Ele tem “absoluta independência para rescindir contratos quando entender haver quebra de confiança”.
Bueno Filho disse a moça afirmou ter sido agredida pelo jogador, mas que a relação sexual foi consentida.