OAB pede investigação: alunas coagidas a jurar não recusar coito
Ordem dos Advogados do Brasil pedirá às autoridades de Franca (SP) apuração no trote aplicado por veteranos de medicina
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou nesta quarta-feira, 6, que pedirá às autoridades de Franca (SP) que apurem “eventuais responsabilidades” no trote aplicado por veteranos do curso de medicina da Unifran – Universidade de Franca. O caso ganhou repercussão após vídeo divulgado na segunda-feira, 4, onde calouras ajoelhadas foram coagidas a afirmar que se submeteriam “à vontade dos veteranos” e que nunca reusariam “uma tentativa de coito” por parte destes.
Em nota, a 13ª Subseção da OAB manifestou “repúdio a qualquer ato de violência física, moral ou psicológica perpetrados em face dos alunos recém admitidos e informa que oficiará as autoridades locais, bem como a sobredita Universidade, para que apurem eventuais responsabilidades em seus respectivos âmbitos”, como aponta matéria do G1.
O Ministério Público instaurou inquérito para investigar as medidas adotadas pela Universidade de Franca (Unifran) em relação ao caso. O promotor Paulo César Correa Borges classificou o trote como ato machista, misógino e sexista.A Unifran informou que apura o caso na tentativa de identificar e punir os estudantes envolvidos. A penalidade pode variar desde uma simples advertência, até a expulsão dos alunos.
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Além do vídeo do trote com as alunas, um áudio foi divulgado. Na gravação um grupo de calouros é incitado por um veterano a jurar: “(…) e prometo usar, manipular e abusar de todas as dentistas e fazer [inaudível] que tiver oportunidade, sem nunca ligar no dia seguinte”, segundo o G1.
Entenda melhor caso que gerou revolta e protestos: