#OcupeEstelita resiste e denuncia excessos da reintegração de posse

Violência cometida na desocupação alcançou repercussão internacional

wp-image-649333
No início da manhã o batalhão de choque fechou o acesso ao Cais, para iniciar a reintegração.[/img]

Não houve aviso prévio da reitegração, que foi feita com uso de força policial e marcada principalmente por cenas de violência da polícia militar e do batalhão de choque contra os ativistas acampados. Pelo menos 35 pessoas ficaram feridas e seis ativistas chegaram a ser detidos. Um deles, Deivisson Pereira Aguiar, 19 anos, foi encaminhado ao Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel), sob acusação de portar material explosivo.

 

A violência na reintegração teve repercussão em jornais internacionaise contou com respostas como da Anistia Internacional, que condenou o uso excessivo da força pela PM na desocupação, e do Ministério Público Federal, que emitiu nota de repúdio alegando que o “mandado de reintegração de posse foi cumprido pela Polícia Miltar de forma arbitrária e sem conhecimento prévio do Ministério Público”.

Em resposta às críticas, o Consórcio Novo Recife divulgou uma nota oficial informando que a reintegração foi legítima. Em coletiva de imprensa na tarde da quarta-feira, dia 18, os integrantes do movimento disseram que vão denunciar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) excessos da polícia e irregularidades na ação de reintegração de posse.

 

Uma semana depois da reitegração, e pouco mais de um mês após o início das manifestações, o movimento Ocupe Estelita divulgou nota pública em que cobra o posicionamento do prefeito Geraldo Julio a respeito da reitegração e das negociações com os ativistas e demais interessados no tema. O texto chega a fazer alusão aos protestos que implodiram no sudeste do país em junho de 2013 ao alegar “O Projeto Novo Recife é nossos 20 centavos”.