Opinião: maior lição do vídeo contra Doria é a orgia do WhatsApp
Desde que explodiu nas redes sociais o vídeo supostamente mostrando cenas de orgia com o andidato ao govenro de São Paulo João Doria (PSDB), os principais meios de comunicação preferiram ser cautelosos por motivos óbvios: estava com todo jeito de montagem.
Os veículos responsáveis preferiram perder audiência a mostrar as imagens. Nas reportagens, tudo não passaria de um “suposto” vídeo.
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Doria teve todo o espaço para negar e acusar a manipulação, mostrando-se vítima de uma jogada.
A grande sacanagem é outra: é o efeito da atitude criminosa.
À medida que o vídeo explode nas redes sociais, reproduzido dezenas de milhões de vezes, acompanhado de centenas de milhões de comentários, torna-se um fato político, capaz de mudar o rumo das eleições.
Não se pode deixar de abordar o assunto. Até porque o próprio Doria deu entrevista e saiu atacando seu adversário, o governador Mário França (PSB), que negou a acusação _ e atirou de volta.
Portanto, o vídeo é uma mentira. Mas suas consequências são verdadeiras. O estrago pode ser reduzido. Mas não extirpado.
O que está por trás disso é o fenômeno que orientou estas eleições: o WhatsApp.
Qualquer um pode inventar uma mentira e, com pouco dinheiro (muito pouco), ter um impacto gigantesco.
Nesse caso da “orgia”, custou apenas as garotas de programa e o ator – o resto foi orgânico.
Existem várias motivos para não se votar em Doria. Mas se alguém levar em conta esse vídeo, estará cometendo uma injustiça.