Opinião: o primeiro discurso do presidente eleito foi correto
O primeiro discurso de Jair Bolsonaro foi correto.
Pregou respeito à democracia e à liberdade, abandonando a retórica belicosa que marcou sua vida pública e se estendeu pela campanha.
“Faço de vocês minhas testemunhas de que esse governo será um defensor da constituição, da democracia e da liberdade. Isso é uma promessa, não de um partido, não é a palavra vã de um homem, é um juramento a Deus”, afirmou
No início do segundo turno, Catraca Livre propôs que os candidatos assumissem compromisso com 3 pontos essenciais para a convivência pacífica – em essência, o respeito à democracia.
Até que ponto Bolsonaro soltou apenas palavras ao vento, vamos ver em breve.
Mas é uma atitude pragmática. Bolsonaro dificilmente conseguiria governar com um discurso belicoso numa zona cinzenta com o autoritarismo.
Ele sabe que a população vai dar um crédito de confiança. Só por algum tempo. Muitos dos seus eleitores são, na verdade, contra o PT e viram no deputado o “voto útil”.
Há uma imensa demanda por crescimento econômico – leia-se emprego. Sem reformas urgentes como a da previdência, as contas públicas entram em colapso, impossibilitando a prosperidade da nação.
É preciso, portanto, ganhar aliados e não gerar mais inimigos dos os que já estão aí – e são poderosos.