Opinião: voto “Alcirina” para Ciro é difícil, mas não impossível

O voto “Alcirina” – a junção dos eleitores de Ciro Gomes, Marina e Alckimin – está no mesmo campo das possibilidade de eleição terminar ainda no primeiro turno: muito difícil, mas não impossível.

Esse voto aconteceria sem o apoio de Alckimin ou Marina, mas pelo abandono de seus eleitores.

Há uma crescente inquietação com a possibilidade – a mais provável – de a eleição virar uma guerra entre PT e Jair Bolsonaro. Ambos os grupos tendem a questionar o resultado das urnas. PT afirma que “eleição sem Lula é fraude”; Bolsonaro diz que eleição sem sua vitória é fraudes.

Todos os especialistas em pesquisas de opinião asseguram que a tendência é segundo turno com Haddad e Bolsonaro.

Mas olham a volatilidade dos eleitores e as mudanças típicas de reta final.

Ciro Gomes é o melhor candidato para derrotar  Bolsonaro, como mostram todas as pesquisas.

Mas precisaria, nessa reta final, convencer a  muita gente de que ele se presta ao “voto útil”. Aí tiraria votos da esquerda, centro-esquerda e até pedaços da direita que não querem nem o PT nem Bolsonaro.

A inquietação desse segmento do centro é tão grande que conseguiram colocar no trending topics a hashtag #alcirina  e #renunciahaddad.

O fato é que existe um amplo segmento do eleitorado que não quer nem Haddad nem Bolsonaro. Pode não eleger ninguém agora – mas seu apoio será fundamental par ajudar o próximo presidente a governar.