Organização Change.org usa o poder da internet para espalhar boas causas pelo mundo
Maior plataforma de abaixo-assinados online do mundo, a empresa acumula processos vitoriosos e causas importantes
Quem passa um bom tempo em redes sociais certamente encontra, dentre grandes inutilidades, algumas coisas úteis como petições de abaixo-assinados. Uma empresa contribui para que, pelo menos, as propostas mais sérias cheguem ao conhecimento do maior número possível de pessoas.
A Change.org nasceu em 2007 como um blog comum voltado para a mudança social. Hoje, é um site internacional que ajuda pessoas comuns a usar a internet para mobilizar outras pessoas e é considerada a maior plataforma de abaixo-assinados online do mundo, com 30 milhões de usuários espalhados por 196 países.
No Brasil, o site ajuda pessoas, grupos de pessoas, movimentos ou instituições a coordenarem suas campanhas, colocando em prática experiências em estratégias de mobilização, divulgação, imprensa e impacto político.
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A intenção é que cada vez mais pessoas participem, promovendo causas e ajudando as já existentes. Para criar um abaixo-assinado, basta informar alguns dados, como o motivo, quem seria beneficiado e quem deve agir para mudar a situação.
Vitória
Algumas causas famosas já passaram pela Change.org. Em 2012, o produtor multimídia Artur Silva fez a gigante da comparação de preços Buscapé rever sua política e proteger os internautas contra lojas não recomendadas pelo Procon-SP.
As lojas não recomendadas apareciam nas buscas, levando muitas pessoas a acreditar que elas tinham o aval do Buscapé, quando não tinham. Silva reuniu mais de 6 mil assinaturas em menos de duas semanas e, logo no início de 2013, recebeu a resposta positiva da empresa.
Ainda é tempo
Causas importantes ainda estão em andamento, como o abaixo-assinado criado pelas baianas do acarajé de Salvador. Elas descobriram que, por determinação da Fifa, seriam excluídas da Copa do Mundo, mesmo aquelas legalmente credenciadas para vender dentro do Estádio da Fonte Nova. A Fifa proíbe o comércio ambulante num raio de 2km de todos os estádios no Brasil durante a realização dos jogos.
Vale lembrar outra campanha, a promovida pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, que busca, diante da pressão da “bancada evangélica”, manter válida a decisão científica tomada pelo Conselho Nacional de Psicologia há dez anos: proibir que se realizem terapias de “cura gay” como se fossem terapias psicológicas.