Pai solo gay é demitido após ficar “grávido”
Médico entrou na Justiça para ser indenizado e ter direito à estabilidade de emprego e à licença-maternidade
Com o sonho de ser pai, o médico Wagner Scudeler, de 40 anos, contratou uma “barriga de aluguel” nos Estados Unidos. Após a gestação confirmada, o novo pai solo avisou a empresa em que trabalhava que precisava de três dias de licença para viajar aos Estados Unidos e acompanhar o início da gestação. Para sua surpresa, porém, ele foi demitido menos de 24 horas depois da solicitação.
Mesmo ciente de que o médico seria pai, a empresa manteve a demissão. “Grávido”, Scudeler entrou na Justiça para ter direito à estabilidade de emprego e à licença-maternidade.
Segundo o site Universa, os advogados de Scudeler pedem uma indenização de mais de R$ 400 mil pela demissão sem justa causa. No processo, eles afirmam que a empresa ofereceu R$ 100 mil de rescisão contratual, mas o valor foi recusado pelo médico.
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Em entrevista à Universa, o médico disse que o desejo de ser pai é fruto da ausência de crianças na família. Uma colega ofereceu a barriga para o filho de Scudeler, mas duas inseminações foram malsucedidas.
Segundo a declaração do médico, a intenção da ação na Justiça é abrir um precedente para que o caso seja usado em outros julgamentos no futuro.