Países liderados por mulheres tem melhores resultados na pandemia
Islândia, Alemanha, Nova Zelândia, Taiwan se destacam no combate ao novo coronavírus. Menos casos, mortes e grande investimento público
Países liderados por mulheres apresentam melhores resultados no combate a pandemia gerada pelo novo coronavírus.
Em países como Alemanha, Nova Zelândia, Finlândia, Islândia e Tawian (província autônoma da China), a covid-19 tem levado menos gente a óbito pela estratégia adotada por essas mulheres.
Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel ampliou ao máximo a testagem, financiou com dinheiro do governo milhares de leitos de UTI, equipou os trabalhadores da área de saúde (médicos e enfermeiros, por exemplo) com as proteções necessárias. Com isso, mesmo com alto número de pessoas infectadas, o número de mortes é baixo, considerando a proporção. Lá, são 123.016 casos e 2.799 óbitos desde o início da crise. Isso representa uma taxa de mortalidade baixa, cerca de 1,6%. Em comparação, na Itália, a taxa está em 12%, na Espanha e no Reino Unido, em 10%, atualmente.
- Saiba quais os melhores e os piores países para mulheres viverem
- Lonely Planet elege os 10 destinos para viajar em 2022
- Com três novos casos, Nova Zelândia decreta lockdown
- União Europeia libera turistas de 15 países e barra brasileiros
Tsai Ing-wen, presidente da Taiwan, província autônoma da China, determinou. no mesmo dia em que o foi notificado o o surgimento de um vírus em Wuhan, até então desconhecido, 31 de dezembro, que todos os passageiros retornando da cidade deveriam ser investigados.
Tsai apresentou 124 medidas para evitar que o vírus se espalhasse sem ter de recorrer ao isolamento total, em janeiro, dois meses antes de a OMS declarar a pandemia. Atualmente, Taiwan tem 393 casos e apenas 6 mortes.
Sanna Marin se tornou a mais jovem chefe de estado do mundo quando foi eleita em dezembro passado, primeira-ministra da Finlândia. Ela usou influenciadores digitais para informar a população sobre o novo coronavírus. Reconhecendo que nem todo mundo lê a imprensa, ela vem convidando influenciadores de qualquer idade a divulgar informações baseadas em fatos sobre o gerenciamento da pandemia. O desempenho da chefe de estado durante a crise é aprovado por 85% dos eleitores no país.
Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia, também determinou testes em massa e decidiu rapidamente fechar as fronteiras do país e adotar o isolamento social para combater a covid-19. O país é pequeno, têm apenas 5 milhões de habitantes, ele é muito menor que a cidade de São Paulo por exemplo.
Na Islândia, a primeira-ministra Katrin Jakobsdóttir possibilitou que toda população realizasse testes gratuitamente, o que fez com que fosse possível rastrear o novo coronavírus e que demais países percebessem as pessoas assintomáticas como principais vetores da doença.
O governo islandês desenvolveu um sistema completo de rastreamento de casos, e isso permitiu que o isolamento social não fosse necessário. O país registrou 1,7 mil casos e apenas 8 mortos.
“O que é importante não é a questão de gênero do líder, mas a habilidade do país de eleger o melhor candidato, independentemente do sexo”, escreveu a colunista Emma Burnell do jornal Independent.