Palestra no MuBE sobre a arte do Graffiti
Encontro dos especialistas ocorre nesta quinta-feira, no momento em que o museu recebe exposição inédita sobre o assunto.
Aproveitando o sucesso da exposição “Graffiti Fine Art”, que ocorre até o dia 26 de abril, o MuBE – Museu Brasileiro da Escultura realizará amanhã, quinta-feira, 23, uma palestra gratuita sobre a arte do graffiti, o seu impacto na sociedade e o atual cenário do mercado de arte no país. O evento terá início às 20 horas e será realizado no auditório Pedro Piva do museu.
Os palestrantes serão os grafiteiros que estão expondo seus trabalhos no MuBE, como o curador da mostra, Binho Ribeiro; o galerista fundador da Galeria Choque Cultural, Baixo Ribeiro; o assessor da Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo e coordenador da Juventude da Prefeitura de São Paulo entre 2007 e 2008, Guilherme Aranha Coelho; e o curador do MuBE, escritor e crítico de arte Jacob Klintowitz.
Sobre o Graffiti
O termo do Graffiti vem do latim “graphium” ou do italiano “graffito”, cujo plural é graffiti, que, em tradução livre significa “rabiscos a carvão”. A própria palavra latina deriva do grego “graphéin”, com o significado de “escrever”. Inicialmente, foi usado para denominar as inscrições gravadas nas cavernas pré-históricas, durante muito tempo foi visto como sinônimo de vandalismo, transgressão, clandestinidade e desafio. Essa cultura surgiu nos guetos de Nova Iorque, mas só na década de 70, o termo começou a ser utilizado com o significado que possui hoje, de intervenção artística urbana feita em muros e paredes com tinta e spray.
No Brasil, teve início por volta dos anos 80 e vem conquistando admiradores em diversos seguimentos sociais. Por conta de políticas públicas em grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, foram abertos espaços para essa arte. Avenidas como: Paulista e 23 de Maio tiveram muros grafitados e receberam ampla aprovação da população. O impacto visual exerceu em zonas mais deterioradas uma função revitalizadora e deu identidade a alguns logradouros das cidades. Essa atividade considerada underground é fruto de planejamento coletivo, força expressiva e harmoniosa resulta na coesão de imagens.