“Palestra sambista” na reabertura da Biblioteca Mário de Andrade
Quarta-feira, dia 21 de julho, acontece a reabertura da Biblioteca Mário de Andrade com o sambista Osvaldinho da Cuíca e o pesquisador e crítico musical André Domingues. Os dois apresentam juntos a “Palestra sambista” com entrada Catraca Livre.
Co-autores do livro “Batuqueiros da Pauliceia”, lançado em 2009 pela editora Barcarolla, os dois misturam música e bate-papo com a plateia numa palestra sambada, explorando temas históricos do samba paulista.
A obra segue as diversas trilhas do samba de São Paulo, apontando seus nomes e acontecimentos fundamentais desde o início do século XX até o presente, do remoto samba-rural ao samba-de-raiz de hoje em dia, passando por diversas manifestações como a marcha-sambada, a batucada de engraxates, o samba-rock e as experiências da chamada Vanguarda Paulistana.
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O ponto de partida é a própria dificuldade em encontrar uma definição para o “samba” produzido no Estado de São Paulo, haja vista a grande diferença de características entre as diversas versões que coexistiam no início. Em São Paulo, a palavra “samba” só ganhou sentido comum, entendido em qualquer outra parte do Estado, quando se falava no samba-de-bumbo das popularíssimas festas de Pirapora Bom Jesus. O termo nasceu da inclusão do bumbo nas cantorias profanas dos devotos, as quais costumavam ter apenas o acompanhamento de violas, cavaquinhos, chocalhos e batidas de mãos e pés. Desprezado por grande parte dos estudiosos, o samba-de-bumbo deixou pouquíssimos registros.
Dia 22 de julho, a partir das 18h30, André Domingues realiza no local a oficina “Memória do Samba em São Paulo”, sobre a história fonográfica do samba paulistano, com apresentação de gravações da década de 1920 até o início dos anos 60.