Para 39,7% dos brasileiros, combate à corrupção vai piorar com saída de Moro

Sobre os atos contra o Congresso e o STF, 51,8% disseram ser contrárias às manifestações

A saída conturbada do ex-juiz Sergio Moro do governo Bolsonaro dividiu a opinião dos brasileiros sobre como fica o combate a corrupção no país, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, 10.

Para 39,7% dos entrevistados, o enfrentamento a corrupção tende a piorar. Já para 39,9% tudo continuará igual.

Para 39,7% dos entrevistados, o enfrentamento a corrupção tende a piorar com a saída de Moro do governo
Créditos: Crédito: Rodolfo Buhrer /La Imagem/Fotoarena/Folhapress
Para 39,7% dos entrevistados, o enfrentamento a corrupção tende a piorar com a saída de Moro do governo

Outros 12,0% avaliam que, com a saída do ex-ministro da Justiça, o combate à corrupção no Brasil vai melhorar. Os que não souberam ou não responderam são 8,4%.

A pesquisa foi feita por telefone entre os dias 7 a 10 de maio com 2.002 entrevistas de 494 municípios de 25 estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Segurança pública

O levantamento também mostrou ouviu a opinião dos entrevistados sobre a situação da segurança pública -antiga pasta comandada por Moro, embora ele não tenha sido citado na pergunta.

Para 34,9% dos entrevistados, a situação vai piorar no país nos próximos seis meses. Em janeiro, esse percentual era de 22%.

Já 18,5% afirmaram que haverá uma melhora no cenário, e 44,1% acreditam que tudo permanecerá como está. Apenas 2,5% não souberam ou optaram por não responder.

Atos contra o Congresso e o STF

A pesquisa perguntou aos entrevistados sobre as recentes manifestações contra o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal). Mais da metade (51,8%) disse ser contrária aos atos. Outros 28,8% afirmaram ser a favor e 10,8% não são nem a favor nem contra.

Confiança na imprensa

Em relação ao grau de confiança nas informações divulgadas pela imprensa sobre a pandemia do novo coronavírus, 24,3% afirmam confiar muito; 48,5% confiam pouco; e 25,2% não confiam.