Participação de ex-BBB Laércio no ‘Mais Você’ gera polêmica na internet
Eliminado do “Big Brother Brasil” na noite de terça-feira (3), o ex-participante Laércio ficou conhecido em sua breve passagem na TV como um dos concorrentes mais polêmicos do reality show.
Em rede nacional, ele afirmou gostar de uma ‘novinha’ e em seu Facebook admitiu ser efebófilo – quando um adulto tem atração sexual por adolescentes pubescentes ou pós-pubescentes, geralmente entre 13 a 17 anos.
Agora, internautas estão criticando a participação do ‘brother’ na manhã desta quarta-feira (3) no programa matinal “Mais Você”, comandado por Cissa Guimarães e André Marques.
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A crítica se refere ao comportamento considerado apaziguador dos apresentadores diante do participante do reality show. “Que nojo ver a Cissa e o André puxando o saco desse monstro no #MaisVocê. Parem, apenas parem!”, escreveu uma seguidora no Twitter. Parte do público também ficou indignado com a presença de uma advogada no programa, que defendeu o concorrente de todas as acusações.
No programa matinal, Laércio se defendeu e disse que nunca namorou meninas de 16 anos. “Quando foi que eu falei isso?”, perguntou. Em seguida, André o defendeu: “Sim, verdade. Ele falou 18, 20 anos. Essas imagens estão gravadas, foram no ar”, comentou o apresentador. No bloco seguinte, Cissa o protegeu: “Eu tenho muitos amigos de 17 anos, Laércio”.
A advogada Silvana Góes foi convidada pelo programa para dar uma explicação sobre o que caracterizaria pedofilia. “De início, pedofilia não é crime. É a condição das pessoas que se sentem atraídas por crianças e adolescentes. Para o Direito, pedofilia só configura crime quando a pessoa pratica esse ato com crianças até 14 anos de idade”, comentou. “O que é proibido é namorar abaixo de 14 anos”, afirmou.
Depois, o ex-BBB explicou o “lance” que vive com duas meninas. “Essa menina de 19 anos é bissexual. E a namorada dela, de 17 anos, é lésbica. E essa bissexual estava ficando comigo. Como essa de 17 estava se sentindo excluída, ela queria ficar sempre com a gente”, começou a explicar. Confira trecho da entrevista:
https://www.youtube.com/watch?v=i6jOJ2SL0CM
Veja os comentários dos internautas:
Nojo que um assunto tão sério é tratado assim pela emissora #MaisVoce
— ღFemelândiaღ ♌ (@LiAzeda) February 3, 2016
Que morte horrível para a televisão brasileira. VIVI PARA VER #REDEGLOBO DEFENDENDO PEDOFILIA NO #MAISVOCÊ ?
— Leo, o Nardo (@LeoArcie) February 3, 2016
falaram que pedofilia não é crime no #maisvoce credo ainda bem que não assisti isso ,se não é crime é o que ?
— Lene (@BeMineOppa) February 3, 2016
O #MaisVoce caiu no meu conceito dando moral pra esse barba sebosa
— ♥Srta Sarita ♥ (@SrtaSariitaa) February 3, 2016
O que é pedofilia?
A pedofilia é uma doença classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Pedófilos são pessoas adultas (homens e mulheres) que têm preferência sexual por crianças – meninas ou meninos – do mesmo sexo ou de sexo diferente, geralmente pré-púberes (que ainda não atingiram a puberdade) ou no início da puberdade, de acordo com a OMS.
A pedofilia em si não é crime. No entanto, o código penal considera crime a relação sexual ou ato libidinoso (todo ato de satisfação do desejo, ou apetite sexual da pessoa) praticado por adulto com criança ou adolescente menor de 14 anos.
Conforme o artigo 241-B do ECA é considerado crime, inclusive, o ato de “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.” Informações do site do Ministério Público Federal.
Saiba como denunciar casos de abuso infantil
Para denunciar por telefone: Ligue para o número 100, do Disque Denúncia Nacional, subordinado à Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça. A ligação é gratuita e o serviço funciona diariamente das 8h às 22h, inclusive nos finais de semana e feriados. As denúncias recebidas são analisadas e encaminhadas aos órgãos de defesa e responsabilização, num prazo de 24h.
Denúncia por e-mail: É possível também enviar uma mensagem para a Secretaria Especial dos Direitos Humanos no e-mail: [email protected].