Pediatra interrompe atendimento a criança porque a mãe dela é filiada ao PT
Com informações da 'Folha de S. Paulo'
Negar o atendimento a um paciente por discordar de seu posicionamento político é errado? Em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo“, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Paulo de Argollo, afirma que a orientação da entidade é que o médico cumpra o código de ética e que aja conforme a sua consciência e da sua profissão.
“Se o médico se sentir desconfortável, a atitude mais honesta e leal é ser franco e dizer que prefere não atender”, observa Argollo.
A explicação vem à tona depois que, neste mês, a médica Maria Dolores Bressan mandou uma mensagem para Ariane Leitão, suplente de vereadora em Porto Alegre pelo PT, dizendo que estava “declinando, em caráter irrevogável, da condição de pediatra” do filho de Ariane em razão de sua mãe ser petista.
A pediatra, que acompanhava o bebê desde seu primeiro mês de vida, disse na mensagem que, “depois de todos os acontecimentos da semana (…) eu estou sem a mínima condição de ser pediatra do teu filho”.
“Ela não quer mais ser pediatra do meu filho porque sou filiada ao PT. Isso é uma discriminação proibitiva. O direito do meu filho foi violado”, disse a mãe, que acionou o conselho regional.
Se a sindicância concluir que houve falta de ética por parte da médica, um processo será aberto. A pediatra pode receber uma advertência, ser suspensa por 30 dias ou ter seu exercício profissional cassado.