Pelo Direito de Rimar, rapper protesta por liberdade de expressão
Em mistura de rap com samba, Pevírguladez faz ode a poetas e MCs
Em tempos de censura da arte no Brasil, o rapper e educador carioca Allan de Souza, o Pevírguladez lança o clipe “Direito de Rimar”, em uma homenagem a poetas e MCs, pela liberdade de expressão e que levam a rima como profissão. O clipe é parte do disco Manual Prático de Malandragem – volume 2, que vem sendo produzido há quatro anos.
Com participação de poetas da cena dos slams – campeonatos de poesia falada – como Mel Duarte e demais integrantes do Slam das Minas –SP o rapper que tem mais de 15 anos de carreira aposta na força da expressão para este trabalho.
Nos primeiros minutos do vídeo, Mel Duarte dá o tom: “foi a melhor escolha que fiz na vida”, disse, ao se referir à profissão poeta. Na letra, Pevírguladez canta para o que ele chama de “griôs das ruas. A canção traz ainda um refrão adaptado do samba “É proibido sonhar”, de Batatinha, mesclando o rap com o samba.
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“O direito de rimar é algo nobre, uma dádiva de quem foge do lugar comum para habitar no universo das palavras, levando sabedoria e vivências às pessoas. O direito é do poeta, do cantor, do slammer, do artista de rua, do compositor, enfim, o direito de rimar é do povo”, comentou Pevírguladez.
O vídeo que tem direção de Higor Cabral foi gravado em São Paulo, com captação de cenas em diferentes slams. “A cena dos slams tem crescido muito no Brasil, mas é muito forte em São Paulo e eu queria captar esse movimento, que é diferente do universo das batalhas de rap, mas que traz na poesia falada a mesma força e o impacto de uma letra de rap. Acho que são mundos bem próximos e que devemos valorizar”, disse.
Sobre Pevírguladez
Com mais de 15 anos de atuação no hip-hop brasileiro, Pevírguladez é educador no Rio de Janeiro e faz “hip-hop malandro”, em uma mistura de rap com samba ao cantar o cotidiano dos subúrbios cariocas.
O novo álbum, com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2018, terá participações de Carlos Dafé, Aleh Ferreira, Raphão Alafim, Dj Nato PK, Xará e Lu Fogaça.
Já o videloclipe contou, além da direção e edição de Higor Cabral, que também captou cenas, com Camila Guimarães, produção musical de Bruno Danton e mixagem e masterização de Luiz Café.