5 pessoas com deficiência que dão exemplo de autoestima nas redes
Seus vídeos e posts estão se tornando virais por seus looks, bom humor, conteúdo de qualidade e histórias pessoais
O Body Positive é sobre deixar para trás tudo o que foi ensinado a respeito de se enquadrar em padrões de beleza e ter orgulho de ser exatamente como é: seja gordo, magro, com cicatrizes, nariz grande, com cabelos grisalhos, com rugas e também com deficiências.
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De forma empolgante, há uma comunidade crescente de pessoas com deficiência que estão mostrando destemidamente suas cicatrizes, cadeiras de rodas e próteses para o mundo, como um poderoso lembrete de que todo corpo é belo.
Essas pessoas estão combatendo de peito aberto o conjunto de ideais criado pela sociedade que dita as regras de como alguém deve se parecer, agir e sentir. Com ajuda delas, muitas pessoas podem ser representadas e ter suas vozes ouvidas.
Confira alguns desses influenciadores:
Lorrane Silva, a Pequena Lô
Lorrane Silva nasceu com membros curtos devido a uma síndrome que até hoje não foi identificada, mas está associada com a displasia óssea. Mas, isso é apenas um detalhe na vida da psicóloga mineira de 25 anos, que publica vídeos engraçados nas redes sociais e faz rir de forma leve e descomprometida ao mesmo tempo em que dá voz a todos os PCDs.
Lorrane Silva, a Pequena Lô
A Pequena Lô andou até os 11 anos de idade, até passar por sua quinta cirurgia. Hoje, com 1,3 m de altura, além das muletas, usa uma scooter para se locomover. Ela possui mais de 4 milhões de seguidores no Instagram.
Ela quer mostrar, por essa representatividade, que apesar das limitações, pessoas com deficiência podem ser o que quiserem mostrando o que são, fazendo o que querem e alcançar sonhos. “As limitações, os problemas, a gente sempre vai ter, mas vai da pessoa se quer seguir em frente ou deixar esses problemas derrubarem ela”, diz.
Ivan Baron
Nascido no Rio Grande do Norte, Ivan Baron, de 23 anos, tem um sonho de contribuir com a desconstrução capacitista e puxar a galera com deficiência para o palco. “Quando a gente não fala, os outros que escolhem por nós”, diz. E assim ele tem feito.
Ainda criança, com apenas 3 anos, ele foi acometido por uma grave infecção alimentar que deixou sequelas: a Paralisia Cerebral, ocasionando deficiência física e mobilidade reduzida.
Com quase 150 mil seguidores, o jovem vem levantando a bandeira da representatividade com vídeos em que dá verdadeiras aulas sobre inclusão e capacitismo utilizando linguagem acessível e muito carregada no humor.
Mariana Torquato
Criadora do maior canal sobre deficiência do Brasil, o “Vai uma mãozinha aí?”, Mariana Torquato, tem 28 anos, é de Florianópolis e nasceu sem uma parte do braço.
Ela começou a criar conteúdo para internet por conta da falta de representatividade nas plataformas digitais. Diariamente ela traz conteúdos engraçados e educativos sobre acessibilidade e anticapacitismo.
“Somos pessoas normais, vivendo e dando um jeito de viver a nossa vida. Assim como todo mundo. É claro que a gente pode até encontrar mais obstáculos, mas eles nem sempre são só físicos. Nem tudo é falta de rampa. O capacitismo é um obstáculo por si só”, diz Mariana.
Fernando Fernandes
Fernando Fernandes apareceu para o Brasil no BBB2, quando tinha 21 anos. Em 2009, sofreu um acidente de carro que causou a perda do movimento das pernas. Desde então, vem se destacando nos esportes e se tornou um ídolo paratleta.
Ele é modelo, apresentador, palestrante e autor da autobiografia “Inquebrável”. Para ele, o esporte é uma alternativa para sua saúde física e mental e uma verdadeira ferramenta de inspiração.
Nas redes sociais, com mais de 480 mil seguidores, ele mostra que “deficiência” não tem nenhuma ligação com “incapacidade” e compartilha suas experiências com o esporte adaptado.
Se consagrou como tetracampeão Mundial (2009, 2010, 2011 e 2012), Tricampeão Panamericano, Tetracampeão Sul-americano e Tetracampeão Brasileiro de Paracanoagem.
Paola Antonini
Em 2014, na época com 20 anos, a modelo Paola Antonini foi atingida por um carro dirigido por uma motorista embriagada na cidade de Belo Horizonte. No acidente, a modelo perdeu uma das pernas.
Ao invés de se desanimar devido à fatalidade, Paola se reinventou e passou a usar as redes sociais para mostrar sua rotina na nova realidade a qual estava reaprendendo a viver.
Com uso de uma prótese, participa de desfiles, pratica esportes e, através das redes sociais realiza campanhas para arrecadar dinheiro para outras pessoas que precisam de próteses e não têm condições financeiras para comprar.