Petição pede que bandeiras LGBT sejam permanentes no centro de SP

Em parceria com Change.org (Oficial)
15/07/2016 17:03

Quando o local onde mora amanheceu repleto de bandeiras LGBT, o jornalista Helcio Beuclair ficou feliz. “É uma valorização da população de lésbicas, gays, bissexuais e travestis da cidade, do estado, do Brasil e do mundo”, conta. Há algumas semanas, a Prefeitura de São Paulo instalou bandeiras do arco-íris no largo do Arouche como forma de celebrar o Dia Internacional do Orgulho LGBT, comemorado em 28 de junho.

Ao conversar com amigos, percebeu que as novas cores agradam não somente os moradores mas também pessoas que frequentam a região e que se identificam com a causa – homossexuais ou não. Foi assim que surgiu a ideia de fazer um abaixo-assinado na plataforma Change.org pedindo para o poder público manter as bandeiras permanentemente. Em 24 horas, consegui mais de 2.500 assinaturas.

O abaixo-assinado está em www.change.org/DiversidadeTodoDia.

Morador pede permanência de bandeiras LGBT no Aruche
Morador pede permanência de bandeiras LGBT no Aruche

“A região é símbolo da resistência LGBT em São Paulo. Uma cidade feita de gente de todas as partes do mundo precisa acolher as pessoas independente do seu gênero, orientação sexual, etnia, religião ou país de origem”, defende Beuclair na petição. “Eu me mudei para o largo em junho de 2010. Até hoje estou grudado no Arouche. Assumi ser gay quando saí de casa aos 24 anos.

Para ser gay, lésbica, bissexual ou travesti, é mais seguro aqui no bairro, em São Paulo, do que em qualquer lugar. Aqui as pessoas são recebidas de forma igual. Não são hostilizadas. Por isso a gente gosta tanto, ama tanto, onde a gente pode ser LGBT sem ninguém violentar nossa dignidade”, explica. Há quatro meses, junto com outros ativistas, o jornalista criou o Coletivo Arouchianos que promove atividades e dá suporte à população LGBT.

“Estou empolgado com a perspectiva de termos o nosso largo do Arouche com as cores do arco-íris de forma permanente. São Paulo precisa mostrar que a diversidade é para ser celebrada todo dia, não só uma vez ao ano. Manter as bandeiras é uma ótima forma de fazer isso”, completa.