Estudo diz que pinguins-imperadores não são pais ‘tão perfeitos’
Do nosso parceiro A Verdade é que
Quem já assistiu ao premiado documentário A Marcha dos Pinguins, de 2005, sabe sobre a dedicação e a função primordial dos machos para a manutenção da espécie.
O filme conta a história dos pinguins-imperadores e do seu ciclo de reprodução no coração da Antárctida, a região mais fria, mais seca, com a maior média de altitude e maior índice de ventos fortes do planeta.
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Todos os Invernos, este grupo vive um período de reprodução. Depois do acasalamento, as fêmeas põem um único ovo e voltam para o litoral para se alimentarem. O ovo é de responsabilidade do macho durante cerca de 115 dias.
Os progenitores não podem abandonar o ovo, que congelaria imediatamente. Por causa disso, os pinguins aglomeram-se, passando a maior parte do tempo a dormir, de modo a poupar energia.
Recentemente o The New York Times publicou uma notícia sobre um estudo em que pesquisadores que visitaram uma colônia diferente da exibida no documentário dizem que eles testemunharam que os animais faziam pausas de suas obrigações para ir pescar na escuridão do inverno, desafiando a ideia popular de que eles são os pais mais dedicados da natureza.
As descobertas, que foram publicadas no Journal of Experimental Biology, sugerem que a pesquisa anterior sobre pinguins imperiais estava focada em uma população muito pequena para ser considerada representativa de toda a espécie.
O professor e pesquisador Dr. Gerald L. Kooyman, biólogo marinho da Instituição Scripps de Oceanografia da Universidade da Califórnia, San Diego, foi o coordenador do estudo.
Aqui no Brasil, Roberta D’Albuquerque escreveu sobre o assunto para o site “A verdade é que…“, com conteúdo específico para mães, pais e cuidadores. Com o título “Mães/Pais perfeitos não existem“, ela diz o quanto é impossível idealizar que cuidadores não tenham defeitos ou não cometam deslizes.
“Os cientistas, coordenados pelo professor Gerald L. Kooyman, dedicaram os últimos 20 anos à observação de um grupo de pinguins de Cape Washington, na Antártica, e descobriram o que nós, mães, já sabíamos desde sempre: não há santo neste mundo que consiga cuidar 24 horas por dia de sua cria sem algum descanso”, disse.
Ela reforça que não mudou a boa impressão que teve da espécie quando assistiu ao documentário. “Pelo contrário, o pinguim continua tendo 100% do meu respeito”, brinca Roberta.
“Está certo, querido! É preciso fazer um intervalo, cuidar de outras coisas, de você, comer um peixinho, dar um mergulho. Aprendamos com ele. Um viva ao pai suficientemente bom (e à mãe também)! Um viva ao imperador de verdade!”.
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