#PleaseGoogle: campanha pede por comandos de voz mais gentis
Catraca Livre e agência Ampfy organizam força-tarefa para ativar a Assistente Google com a palavrinha mágica 'por favor'
Quando um adulto dá um presente para uma criança, muitas vezes ouvimos os pais falarem para o pequeno algo como “Qual a palavrinha mágica que você deve dizer ao tio?”. Um comportamento comum a fim de educar o filho e filha para o convívio cordial com os outros, incentivando-os a agradecerem pelo mimo com um “Obrigado”. Mas não é todo mundo que tem esse olhar. Pelo jeito, aliás, muitos aplicativos não estão tão ligados no comportamento das crianças frente à tecnologia. Especialmente no que diz respeito aos comandos de voz.
Assim, a Catraca Livre, junto com a agência Ampfy, estão causando transformações positivas e pretendem ajudar a tornar mais amigável essa relação mirim com o mundo da inteligência artificial.
Vem com a gente na força-tarefa #PleaseGoogle!
Convidamos a Google a integrar essa onda de mais ternura estimulando as crianças a se apropriarem de comandos amigáveis tão importantes na construção de uma sociedade mais gentil, harmônica e civilizada.
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Solicitamos que os comandos de voz da Assistente Google sejam ativados com a expressão “Por Favor”, e não apenas com “OK”, como é hoje.
Afinal, nem sempre é “OK” começar uma conversa com “OK. Por sinal, os especialistas chamam a atenção para a necessidade de ensinar desde cedo o público infantil a usar as chamadas palavrinhas mágicas – ‘Por Favor’ e ‘Obrigado’ – nas interações sociais.
“As crianças devem aprender a usar essas palavras porque indicam a percepção do outro, a consideração de que o outro está ali e está em relação com elas, e essa troca deve ser respeitosa e cordial”, afirma Clarice Kunsch, psicóloga, pedagoga e mestre em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pelo IP-USP (Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo).
Primeira infância
Esse aprendizado, de fato, deve começar nos primeiros anos de vida. Sendo que nessa fase se molda muito a partir da observação do comportamento dos adultos ao redor.
Como explica Clarice, “na primeira infância, de 0 a 6 anos, a criança conhece o mundo principalmente através dos exemplos, primeiramente por repetição, entre 0 e 2 anos, para depois entrar na fase das brincadeiras de faz de conta”, diz.
“Então, é relevante que os adultos, cuidadores, façam uso desses termos também em suas relações e que a criança seja incentivada a usá-los dentro do contexto adequado”, explica a psicóloga.
Claro que a interação com as máquinas tem um teor distinto das verificadas entre os humanos, como ressalta a psicóloga. “Acho de extrema importância que as crianças saibam distinguir e ter clareza do que é humano e do que é tecnologia”, frisa.
“Eu entendo que os computadores, robôs etc. estão sendo programados para nos entender com cada vez mais acuidade”, fala. “O que não podemos é permitir que a criança generalize o trato humano a partir disso.”
Mas se para falarmos com outras pessoas, precisamos abordá-las de maneira cordial e respeitosa, por que não incluir esse tipo de gentileza já nos comandos de voz dos serviços tecnológicos?
Queremos trocar o “Comando” de voz, por um “Pedido” mais educado e tolerante.
Por isso, pedimos gentilmente #PleaseGoogle.
Espalhe você também esse pedido de gentileza. Compartilhe a hashtag #PleaseGoogle.
Saiba mais detalhes da ação aqui neste link.