PM de folga invade casa e agride jovens com cassetete, em Lages (SC)
As mulheres da casa filmaram o agressor e disseminaram as imagens nas redes sociais; a Polícia Militar de Santa Catarina se pronunciou sobre o caso
Um vídeo que circula nas redes sociais tem chocado a população de Lages, em Santa Catarina. Nas imagens, o PM identificado como Marcio Hugen, que estava afastado do trabalho, entra em uma casa e começa a agredir jovens mulheres com um cassetete. Ele desfere golpes no rosto, nas costas e nos braços das jovens. As agressões começam depois que uma mulher entra no apartamento e tenta tirar o celular de uma das jovens, que gravava a ação.
Relatos nas redes sociais apontam que a discussão teria começado porque as mulheres comemoravam a aprovação de uma delas na faculdade. Quatro delas são moradoras do apartamento, e uma quinta jovem estava no local. O policial, que mora no mesmo prédio, teria ido até o apartamento porque estava incomodado com o barulho.
(Prezando pela segurança das jovens, a Catraca Livre não irá reproduzir o vídeo aqui)
- Saiba como resgatar a skin grátis de Snoop Dogg para o Natal do Fortnite
- Entenda relação entre o alho e a prevenção do câncer de intestino
- 4 motivos para colocar Arraial do Cabo na sua lista de viagem de verão
- Cristo Redentor ganha trilha com mirante 360º do Rio
Em nota, a Polícia Militar de Santa Catarina afirma que tomou ciência dos vídeos e imagens disseminados em redes sociais e que instaurou procedimento correcional competente para apuração.
“O Comando do 6º Batalhão de Polícia Militar informa que tomou ciência dos vídeos e imagens disseminados em redes sociais, na noite da última segunda-feira, 03, em Lages. E, que logo após ter conhecimento dos fatos determinou a instauração do procedimento correcional competente para apuração.
O Policial Militar já estava em afastamento regulamentar por se encontrar em grupo de risco perante a Covid-19, e as ações ocorreram fora do âmbito profissional.
A Instituição afirma tratar-se de fato isolado que não condiz com a formação e a preparação dos policiais militares catarinenses. Ressalta ainda, que não coaduna com qualquer conduta irregular, bem como violência contra a mulher.”
https://www.instagram.com/p/CDdEJyXD2jN/?igshid=cifo4h1xrx0y
Nas redes sociais, internautas apontaram que as páginas oficiais da Polícia Militar de Santa Catarina têm feito campanha a respeito da violência doméstica, mas que na hora de investigar um oficial do próprio batalhão, não faria “o necessário”.
Veja as reações:
https://twitter.com/Nicolebbti/status/1290610921828687872
https://twitter.com/PretoEmison/status/1290625914628378628
https://twitter.com/lettersrafa/status/1290635489637216258
https://twitter.com/cbrgs_/status/1290632866834120705
https://twitter.com/Evelin_Foor/status/1290631315889500160
https://twitter.com/Nicolebbti/status/1290610921828687872
Violência contra a mulher: DENUNCIE!
Casos como este do PM em Lages precisam ser levados a sério.
O Brasil é o 5º entre os países com as maiores taxas de violência doméstica contra mulheres. São cerca de 900 mil processos desse tipo tramitando na justiça brasileira e 23% deles são pedidos de medidas protetivas de urgência.
Por conta disso, é um consenso entre juízes, promotores e defensores públicos a importância da denúncia. Como especialistas, eles concordam que as queixas funcionam como um freio inibidor da violência e, sendo assim, pode impedir o mal maior: o feminicídio.
Veja aqui como identificar e denunciar a violência contra a mulher.