Polícia alerta pais sobre ‘Homem Pateta’, que pode induzir suicídio
Usando pseudônimo de Jonathan Galindo, perfis usam personagem da Disney para atrair atenção dos menores e envia até vídeos com técnicas de suicídio
A Polícia Civil de Santa Catarina divulgou nesta semana um alerta para pais de crianças e adolescentes sobre perfis em redes sociais com o nome de Jonathan Galindo, conhecido como “Homem Pateta”, que estariam assustando os menores com conteúdo de terror e mensagens que podem induzir ao suicídio.
Usando fotos que remetem ao personagem Pateta, da Disney, as páginas interagem com as crianças por meio de mensagens. Após ganharem a confiança, entram em contato com elas e fazem ameaças perturbadoras.
O perfil foi originalmente criado há três anos no México. Com o tempo, os perfis falsos foram se multiplicando até chegaram ao Brasil.
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De acordo com a polícia catarinense, esses perfis do “Homem Pateta” têm poucas postagens porque, após ganhar a confiança das crianças, os criminosos enviam mensagens privadas com textos, vídeos e áudios com ameaças e intimidações. Segundo o portal R7, há relatos de que são ensinadas técnicas de suicídio.
As autoridades alertam para que pais fiquem atentos aos sites e conteúdos que os filhos acessam na internet, a fim de protegê-los de perfis como esses.
Uma rápida busca no Facebook é possível encontrar diversos perfis com o codinome Jonatan Galindo.
Baleia Azul e e a boneca Momo
Essa não é a primeira vez que perfis deste tipo circulam nas redes sociais aterrorizam crianças e causando preocupações de pais e autoridades. Em 2017, o desafio da Baleia Azul desencadeou uma série de suicídios de crianças e adolescentes.
No ano passado, o desafio usou a boneca Momo, que aparecia em vídeos infantis ensinando, passo a passo, como as crianças deveriam fazer para, literalmente, cortar os pulsos.
Suicídio
O suicídio é considerado pelo Ministério da Saúde como um problema de saúde pública, complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero.
Todos os anos, cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). No Brasil, uma pessoa morre por suicídio a cada hora, enquanto outras três tentaram se matar sem sucesso no mesmo período.
O assunto é tão complexo que muitas pessoas evitam falar a respeito, o que nem sempre é a melhor decisão. Um problema dessa magnitude não pode ser negligenciado, pois sabe-se que o suicídio pode ser prevenido.
Uma comunicação correta, responsável e ética é uma ferramenta importante para evitar o efeito contágio.
Qual seria essa forma? Vamos listar alguns sinais de alerta de pessoas em risco e onde procurar ajuda nesses casos.
- Formas de prevenção
Um dos falsos mitos sociais em torno do suicídio é que a pessoa que tem a intenção de tirar a própria vida não avisa, não dá pistas. Isso não é verdade e devemos considerar seriamente todos os sinais de alerta que podem indicar que a pessoa está pensando em suicidar-se.
Saber reconhecê-los em você ou em alguém próximo é o primeiro e o mais importante passo. Por isso, sempre fique de olho no seguinte:
- Problemas de conduta ou manifestações verbais
Se alguém está, pelo menos, há duas semanas com conduta ou manifestações verbais referentes à suicídio, fique de olho! Essas manifestações não devem ser interpretadas como ameaças nem como chantagens emocionais, mas sim como avisos de alerta para um risco real.
- Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança
As pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal ou por meio de desenhos. Saiba mais aqui.