Polícia Federal conclui que Jair Bolsonaro cometeu incitação ao crime
Com a conclusão das investigações, o material será remetido ao STF
A Polícia Federal concluiu investigação do inquérito aberto para apurar a conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao associar, falsamente, as vacinas contra a Covid-19 a um risco maior de contrair o vírus da Aids. As investigações apontam que Bolsonaro cometeu incitação ao crime.
No Código Penal, incitação ao crime é conduta ilegal que pode dar prisão de três a seis meses.
Agora, com a conclusão das investigações, o material será remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O que Bolsonaro falou?
Em live feita dia 21 de outubro de 2021, o futuro ex-presidente da República propagou essa fake news, e chegou a ter o vídeo suspenso pelo Facebook.
“Só vou dar notícia, não vou comentar. Já falei sobre isso no passado, apanhei muito…vamos lá: relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados… quem são os totalmente vacinados? Aqueles que depois da segunda dose né… 15 dias depois, 15 dias após a segunda dose. Totalmente vacinados…estão desenvolvendo Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) muito mais rápido do que o previsto. Portanto, leiam a matéria, não vou ler aqui porque posso ter problema com a minha live”, disse Bolsonaro.
A relação que o presidente fez não corresponde à verdade. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outras autoridades de saúde já esclareceram que as vacinas não trazem doenças. Pelo contrário, evitam contaminação.