Polícia interna mulher negra por não acreditar que ela era dona de BMW

A bancária norte-americana Kamilah Brock anunciou esta semana que entrará com uma ação contra a administração do município de Nova York (EUA) pela discriminação que sofreu no início do ano. Na ocasião, a polícia a internou à força durante oito dias por não acreditar que a BMW que dirigia era sua, além apreender o veículo. O episódio de racismo foi divulgado em entrevista à rede norte-americana ‘PIX 11’.

Segundo relatos da vítima, ela estava parada no farol vermelho quando foi abordada por um agente, que perguntou “o que fazia ali”. Brock respondeu que estava ouvindo música, mas, sem qualquer justificativa, foi levada a uma delegacia e ficou detida por horas, sem ser acusada de nenhum crime.

A bancária deu uma entrevista a um canal americano relatando o caso de racismo

O carro foi apreendido e a bancária orientada a voltar ao local no dia seguinte para retirá-lo. No entanto, quando ela retornou, ninguém acreditou que realmente fosse a proprietária da BMW e a encaminharam à força para um hospital psiquiátrico.

Para interná-la, os responsáveis usaram como justificativa que a americana sofria de transtorno bipolar por afirmar que tinha um carro de luxo e que era bancária. Nesse período no hospital psiquiátrico, ela relata ter sido sedada e desnudada, além de ter que pagar R$ 50 mil pelo serviço.

O advogado de Kamilah garante que ela não mentiu em nenhuma de suas alegações e que não foi ouvida, simplesmente por ser negra. A prefeitura de Nova York, alvo do processo, disse que não se pronunciará sobre o caso até que sejam concluídas as apurações.

Assista ao vídeo com o depoimento (em inglês):