Polícia investiga se assassino de Aracruz agiu sozinho
Por usar suástica e mostrar habilidade com armas, há suspeita de o adolescente fazer parte de algum grupo extremista
Neste domingo, 27, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) informou que a polícia apura se o autor do ataque a escolas em Aracruz (ES) agiu sozinho ou faz parte de um grupo extremista e teve ajuda de outras pessoas no crime.
Segundo divulgado, em depoimento à polícia ele afirmou ter agido sozinho.”Isso não é suficiente para a polícia. A polícia vai de fato fazer toda a investigação técnica”, disse o governador.
“A investigação que vai dizer como ele com 16 anos tinha tanta habilidade com armas e como ele conseguiu carregar e recarregar”, completou.
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A polícia apreendeu um computador e o telefone do adolescente para investigar uma possível relação com grupos extremistas. As armas e o carro usados no crime eram do pai.
O ataque a escolas
A ação do adolescente teve início por volta das 9h30 desta sexta-feira e começou pela Escola Estadual Primo Bitti, onde ele arrombou o cadeado de um dos acessos e fez disparos na sala dos professores. Em seguida, o atirador entrou em um carro e se dirigiu ao Centro Educacional Praia de Coqueiral, uma instituição privada. No local, efetuou novos disparos, tirando a vida de uma aluna e ferindo outras vítimas.
O adolescente usou duas armas de responsabilidade do pai: um revólver de calibre .38, de propriedade privada e uma pistola .40 pertencente à Polícia Militar. Ele também levava três carregadores. O governador Renato Casagrande confirmou que, no momento do crime, o adolescente usava uma braçadeira com um símbolo nazista.
Imagens das câmeras de segurança registraram a ação. O atirador vestia roupa camuflada e uma máscara de esqueleto, similar à usada em fotos nas redes sociais por um dos autores do massacre ocorrido em 2019 na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, São Paulo.
Segundo a Polícia Civil, o adolescente é ex-aluno da Escola Estadual Primo Bitti, onde estudou até junho deste ano. A família o transferiu para outra instituição, mas a razão ainda não foi esclarecida.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, durante a apreensão, o adolescente não explicou por que fez os ataques. O delegado João Francisco Filho disse que ele estava tranquilo e não manifestou arrependimento. A apuração preliminar apontou que ele fazia tratamento psiquiátrico.