Policial agride mulher com tapas no rosto em ocorrência de violência doméstica

Aos berros, o policial xinga a vítima de "cachorra" e ainda incentiva a agressão na mulher: "merece apanhar mesmo"

16/07/2021 21:55

Um policial militar do Rio Grande do Norte agrediu uma mulher com tapas no rosto ao atender a uma ocorrência de violência doméstica na noite da última quinta-feira, 15. O caso aconteceu na cidade de Santo Antônio, Agreste Potiguar. No momento das agressões, a mulher que foi empurrada no chão, carregava uma criança no colo.

Policial agride mulher com tapas no rosto em ocorrência de violência doméstica
Policial agride mulher com tapas no rosto em ocorrência de violência doméstica - Reprodução/Instagram @brasilfedecovid

As cenas foram flagradas em um vídeo que está circulando pelas redes sociais. A mulher ligou para a polícia porque o irmão dela estava agressivo, quebrando tudo dentro de casa. Ela estava na casa de um vizinho quando uma viatura da polícia chega na rua, acionada por uma denúncia de violência doméstica. Os agentes da polícia entram na residência onde a mulher mora em busca do irmão dela. Ela corre na direção dos policiais e pede: “Peraí. Ninguém precisa bater nele não”.

Irritado com o pedido, um dos policiais inicia uma a briga com a mulher e ainda a chama de “cachorra”. É possível ouvir no vídeo o policial falando: “Meta a mão mesmo. Bata nessa cachorra. Essa cachorra merece apanhar mesmo”. Quando a mulher responde aos xingamentos, ele começa agredi-la com tapas na cara, na frente dos vizinhos e chega até derrubá-la no chão.

Outro policial retira a criança no colo da vítima e entrega pra outra pessoa, enquanto o colega continuava as agressões físicas e verbais.

O comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte afirmou que os policiais foram afastados e um processo disciplinar administrativo foi aberto para o caso.

O comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Coronel Alarico Azevedo, confirmou o afastamento dos policiais das ruas.

“Lamentamos o que ocorreu e determinamos que eles fossem afastados do serviço operacional, eles vão prestar seus serviços na sede do batalhão. Após a apuração dos fatos vamos verificar quais serão as providências tomadas administrativamente e até penal”, disse ao RN1.

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