Policial Militar mata ex-namorada com ao menos 10 tiros em SP

12/01/2017 12:13

Mais um caso de violência contra a mulher no Brasil. Por “não aceitar o fim do relacionamento”, um policial militar matou com ao menos 10 tiros a ex-namorada Janaína Mitiko, 30 anos, na região de Itaquera, zona leste de São Paulo, na noite desta quarta-feira, dia 11.

A vítima, que era recepcionista e estudante universitária, foi assassinada próximo da sua casa na rua Mapixi, por volta das 22h30. Ela voltava a pé após a academia.

Janaína Mitiko foi morta pelo ex-namorado em Itaquera, na zona leste de São Paulo
Janaína Mitiko foi morta pelo ex-namorado em Itaquera, na zona leste de São Paulo

De acordo com informações da “Folha de S.Paulo“, a Polícia Civil informou que o ex-namorado estava esperando Janaina dentro de um carro. Quando ela se aproximou, ele saiu do veículo, agrediu a jovem e disparou vários tiros. A estudante morreu no local.

Uma amiga da vítima lamentou a morte em uma rede social e relatou que o policial acusava a ex- namorada de traição, mas agora Janaina não tem mais a chance de se defender.

O homem se entregou em um batalhão da PM na região e foi levado ao 24 º DP (Água Rasa). Ele não teve o nome divulgado. O militar trabalhava no setor administrativo da PM e foi transferido na madrugada desta quinta-feira, dia 12, ao presídio Romão Gomes, na zona norte de São Paulo.

  • Veja como denunciar a violência doméstica

No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia, 180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.

O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.

Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.