Por ‘falta de provas’, UFSCar arquiva denúncia de assédio sexual
Com informações do G1
Há um ano e dois meses, a ex-estudante Thais Santos Moya publicou no Facebook uma denúncia de assédio sexual contra um professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Após abrir uma sindicância para analisar o caso, a comissão da instituição concluiu que o abuso não foi comprovado e encerrou o processo. Agora, a ex-aluna vai recorrer da decisão.
Ao G1, a universidade se manifestou por nota. No texto, a UFSCar informou que a comissão concluiu os trabalhos de apuração em dezembro do ano passado, mas o resultado só foi divulgado na terça-feira, dia 16, porque teve de passar por análise da Procuradoria Federal.
No processo, foram ouvidas 17 testemunhas, além da autora da denúncia e do professor acusado de assédio. De acordo com a instituição, as partes envolvidas tomaram ciência da decisão na segunda-feira, dia 15, e foram informadas da possibilidade de acesso à íntegra do processo.
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No entanto, também nesta segunda, Thais divulgou um vídeo nas redes sociais criticando a falta de acesso ao processo. Ela disse que não teve acesso imediato ao relatório da sindicância para poder se manifestar em até dez dias.
Na terça-feira, após a divulgação do arquivamento, ela questionou o posicionamento da comissão em relação a outras denúncias que apresentou.
“Tais denúncias foram acatadas inicialmente e devidamente encaminhadas a quem de direito. Porém, estranhamente, a portaria que instaurou a atual comissão ignorou todas elas, instaurando sindicância apenas, mas não menos importante, para o caso de assédio sexual. Todas as provas – não apenas de infrações, mas também de crimes – foram exaustivamente ignoradas pela universidade nos últimos 14 meses”, declarou.
A doutora em sociologia afirmou, ainda, que não pretende encerrar o assunto. “Os últimos meses têm demonstrado que, em todo país, as mulheres estão se libertando do medo e denunciando as violências de que são constantemente vítimas. Isso é irreversível e o mundo não está preparado para mulheres que não se calam. Não me calei, nem me calarei”.
Na página do Facebook “Meu Professor Abusador“, Thais publicou um relato sobre o professor acusado. Confira:
Relembre o caso
Em 2014, a socióloga raspou seu cabelo para protestar contra o assédio sexual que teria sofrido por parte de um professor. Na época, ela desabafou sobre o caso por meio do Facebook. A mensagem foi compartilhada milhares de vezes e registrada dias depois da ouvidoria da UFSCar, que iniciou o processo para apurar a denúncia.
Assista ao vídeo publicado por Thais na terça-feira:
Infelizmente, trago notícias ruins.A UFSCar tem me negado, desde dezembro, o acesso ao relatório final da comissão de…
Posted by Thais Moya on Lunes, 15 de febrero de 2016