Por meio de vídeos, Rogério Pixote dialoga sobre política e sociedade

22/06/2009 17:12 / Atualizado em 14/03/2013 11:14

divulgaçãoRogério Pixote
Rogério Pixote

Rogério Pixote cresceu na zona sul de São Paulo e desde cedo nutre grande interesse por temas como política, comunicação e artes, especialmente pelo cinema. Por isso, em 98, se juntou à ONG Associação de Incentivo às Comunicações Papel Jornal e participou da criação do jornal Becos e Vielas Z/N. Esse foi o primeiro passo dado em direção ao seu interesse maior, – se comunicar politicamente pela arte.

Quando assistiu ao filme “ Encouraçado Potequim”, de Eisenstein, a sétima arte abriu as portas para ele se expressar. Encontrou um cinema que lhe interessava muito pelo impacto que exercia nas pessoas. Para levar isso adiante, junto com amigos e articulou o cineclube Cinebecos, aberto ao público, que dava ênfase a filmes que criassem um debate e que abordassem temas sociais.

O trabalho autoral só foi acontecer quando entrou na PUC. “Fui estudar multimeios, que reúne na grade curricular: cinema, vídeo, fotografia, design e webdesign”. Depois de aprender algumas técnicas de criação, surgiu a sua primeira produção audiovisual, exibida em alguns festivais de curtas e em algumas escolas, o documentário “2 meses e 23 minutos”. Filmado no assentamento do MST, em Itapecerica da Serra, a produção explica através de mães e crianças o funcionamento do acampamento.

Sempre ligado às questões sociais e aos experimentos com a câmera, aposta em curtas que unam as duas vertentes, em “Laróyè”, por exemplo, provoca sensações por meio de cores, imagens e batuques do candomblé. “O projeto fez parte de um estudo do grupo Umoja, de dramaturgia afro-brasileirade, sobre os orixás”, explica.

Já o curta “Tá me-ouvivendo”, combina imagens dos filmes de Glauber Rocha, “Terra em Transe” e “Di-Glauber”, com o texto “Trabalhadores do Brasil”, de Marcelino Freire e dialoga questões sobre o negro brasileiro e seu relacionamento com os intelectuais do país. Finalizando mais dois vídeos – é com uma câmera digital na mão e uma ideia na cabeça que o comunicador usa a cultura oral para discutir suas crenças e trabalhar com o imaginário de quem assiste as suas produções.