Por que Ibaneis, governador do DF, é apontado como um dos culpados pelo terrorismo em Brasília?
STF determinou o afastamento do governador do DF por 90 dias
Na tarde deste domingo, 8, o Brasil presenciou um dos mais graves atentados à democracia desde a redemocratização. Os ataques terroristas de bolsonaristas em Brasília não foram nenhuma novidade, já que os acampamentos em frente ao quartel general do Distrito Federal aconteciam desde o ano passado, sem impedimento.
O governador do DF, Ibaneis Rocha, é apontado como um dos principais responsáveis pelas cenas de barbárie que vivemos ontem. Veja abaixo 4 motivos:
1 – Ibaneis escolheu o ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, como Secretário de Segurança do Distrito Federal;
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2 – A Polícia Militar do DF escoltou os terroristas em direção à Praça dos Três Poderes e não ofereceu qualquer resistência a eles;
3 – Ibaneis autorizou férias de Anderson Torres e viagem aos EUA em um momento crucial do país;
4 – Ibaneis tirou folga no sábado, mesmo com todos os riscos que se despontavam.
STF afastou Ibaneis Rocha do governo
Frente aos atos terroristas em Brasília e à falta de resistência por parte das forças policiais, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu afastar Ibaneis Rocha do cargo de governador do DF por 90 dias.
Moraes tomou a decisão no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, do qual é relator, ao analisar um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e da Advocacia-Geral da União.
O ministro disse que os atos terroristas do domingo só podem ter tido a anuência do governo do DF, uma vez que os preparativos para a arruaça eram conhecidos.
“A escalada violenta dos atos criminosos resultou na invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, com depredação do patrimônio público, conforme amplamente noticiado pela imprensa nacional, circunstâncias que somente poderiam ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência, uma vez que a organização das supostas manifestações era fato notório e sabido, que foi divulgado pela mídia brasileira”, escreveu Moraes na decisão.