Praça da Nascente: Ajude a salvar este espaço verde de São Paulo

07/11/2016 13:07

Até 2013, a praça Homero Silva, na Pompeia, era temida pelos moradores deste bairro paulistano. Isso por que a sua mata fechada e abandono propiciava a violência, venda de drogas e acúmulo de lixo.

Mas os moradores da região resolveram se unir e criaram o coletivo Ocupe e Abrace. Juntos, todos colaboraram para a limpeza e revitalização do local de 12.000 m².

Com recursos próprios, os moradores construíram um lago para aproveitar as nascentes do riacho da Água Preta, um dos córregos da região da Pompeia. Atualmente, o lago tem mais de 10 espécies de peixes, entre carpas, tilápias e o guaru, que se alimenta de mosquitos e suas larvas, ajudando a combater a propagação da dengue.

A Praça da Nascente, como é conhecida agora, também passou a ter uma horta comunitária, jardins, eventos culturais, grupos de dança, música, aulas de pilates, feira de orgânicos, aulas de Tai Chi Chuan e muito mais.

Praça da Nascente, no bairro Pompeia, em São Paulo
Praça da Nascente, no bairro Pompeia, em São Paulo

Enfim, os novos ocupantes a revitalizaram e a transformaram num lugar vivo, repleto de atividades que promovem a convivência e harmonia entre os moradores e o meio ambiente.

Crianças aprendendo a importância de respeitar a natureza em evento na praça
Crianças aprendendo a importância de respeitar a natureza em evento na praça

“Nossa ideia é a criação de um parque linear, que acompanhe o percurso do córrego, abrindo-o em alguns trechos. O parque começaria na Praça da Nascente e terminaria “desaguando” no Sesc Pompeia. É utópico, mas bem bacana”, diz a artista Roberta Francisca Soares, uma das idealizadoras do Ocupe e Abrace.

Uma apresentação, na praça, dos índios Guaranis do Jaraguá enaltecendo a cultura brasileira
Uma apresentação, na praça, dos índios Guaranis do Jaraguá enaltecendo a cultura brasileira

A PRAÇA DA NASCENTE PODE ESTAR AMEAÇADA

Segundo o Ocupe e Abrace, um novo empreendimento imobiliário de 22 andares, que será construído próximo ao local, pode secar as 8 nascentes do riacho da Água Preta, colocando em risco a vegetação, a fauna e todo o ecossistema que abriga e protege as suas nascentes.

Segundo a Minha Sampa, os órgãos ambientais da prefeitura não incluíram no processo o laudo técnico do Instituto Geográfico e Cartográfico do Estado de São Paulo (IGC), que comprova a existência das nascentes no imóvel.

Um empreendimento imobiliário e a verticalização da cidade pode acabar com a Praça
Um empreendimento imobiliário e a verticalização da cidade pode acabar com a Praça

De acordo com o Código Florestal vigente, áreas de até 50 metros ao redor de nascentes têm de ser preservadas.

AJUDE A PRAÇA DA NASCENTE

O intuito dos moradores, agora, é impedir que o alvará de construção do imóvel seja concedido. Para isso, é necessário que a Secretaria Municipal de Licenciamento (SEL) solicite um estudo técnico para a Secretaria de Verde e Meio Ambiente para avaliar a construção ou não da obra.

Assine aqui a petição para salvar a Praça da Nascente.