Prefeitura admite não ter percebido que havia pessoas em imóvel

O secretário municipal de Serviços e Obras de São Paulo, Marcos Penido, em coletiva para imprensa nesta terça, 23

A demolição de parede de um imóvel na cracolândia, no centro de São Paulo, deixou ao menos três pessoas com ferimentos leves nesta terça-feira, 23. A Prefeitura de São Paulo admitiu que funcionários não perceberam que havia pessoas num imóvel antes da demolição.

O imóvel alvo da demolição foi vistoriado pelo próprio secretário municipal de Serviços e Obras de São Paulo, Marcos Penido, pelo chefe de gabinete dele e pelo encarregado das máquinas, mas eles não perceberam que havia um corredor no fundo que levava a uma espécie de pensão clandestina. As informações são do G1.

Em coletiva à imprensa, o secretário afirmou que não foi avisado de que moravam pessoas nos fundos. “Foi isolado um terreno, foi passada fita, foi removida a energia elétrica, foi informado à população o que ia ser feito, nós fomos no estacionamento e verificamos que ali só tinha carros, mas nós não demos conta que havia uma entrada clandestina para o fundo aonde dava acesso e essas pessoas estavam”, disse.

“No fundo do estacionamento tem uma entrada clandestina que dá acesso a esse imóvel”, afirmou Penido. Com a ação da retroescavadeira, que derrubou um muro e parte do teto, iniciou-se uma gritaria e os operários notaram que havia pessoas no local.

Após o acidente, o secretário de Obras disse que tomará cuidados adicionais nas próximas demolições. “Será feita uma varredura no local, verificando ponto a ponto, inclusive com marretas para verificar se não há nenhum outro acesso clandestino”, adiantou.

Penido argumenta que não houve erro e que a ação era em um imóvel abandonado e vazio. “Se a gente tivesse previsto a gente teria cometido um erro, mas todas as ações foram feitas, então, não diria que houve um erro”. Apesar do local ser conhecido pelos puxadinhos, o secretário considerou o acesso clandestino como “inusitado”.

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