Prêmio Brasil Criativo: expressões Culturais impulsionam economia brasileira
Campo da Economia Criativa foi incluído pelo Ministério da Cultura em premiação que reconhece atividades que movimentam a economia brasileira
Artesanato, uma das atividades criativas mais antigas da história da civilização e amplamente praticado no país, consta como uma das oito atividades que mais empregam mão-de-obra nas economias em desenvolvimento (como é o caso do Brasil. As informações fazem parte do relatório da ONU de 2013 sobre Economia Criativa.
A atividade faz parte de uma das seis categorias criativas do campo de Expressões Culturais, designado pela Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura como alvo de fomento e relevância para a economia nacional. Além do Artesanato, integram a premiação Artes Visuais, Arte Digital, Cultura Afro-brasileira, Cultura Popular e Cultura Indígena.
A antropóloga, escritora e agitadora da cultura transbrasileira e multietnica Deborah Goldemberg é uma das curadoras do Prêmio Brasil Criativo que irá contribuir no campo das Expressões Culturais. “A presença de profissionais especialistas nos campos da Economia Criativa é uma importante ferramenta de legitimação e reconhecimento que irá consolidar as atividades criativas no país reconhecendo a importância que a criatividade tem para um desenvolvimento sustentável do país”, comenta Lucas Foster, idealizador da premiação, consultor e especialista em Economia Criativa.
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Ao que diz respeito às artes visuais, em São Paulo é realizada a SP Arte, maior evento do gênero do hemisfério sul, que reúne galerias de arte de todo o Brasil e do mundo.
De acordo com a Secretaria da Fazenda paulista, a última edição da feira, realizada em maio, alcançou movimentação de R$ 49 milhões em transações, declaradas por 24 de suas 110 galerias. De acordo com Fernanda Feitosa, diretora da feira, o mercado de artes movimenta R$ 1 bilhão por ano no Brasil.
Nordeste: um mundo de expressões culturais
No Brasil, o Nordeste é um dos principais polos do artesanato, de acordo com a Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), de 2014. “O artesanato é a indústria criativa mais importante para as receitas de exportação dos países em desenvolvimento como o Brasil, mas está longe de ser irrelevante para os países desenvolvidos”, comenta Foster. “Sua relevância, no entanto, não é somente econômica. As Expressões Culturais, campo ao qual pertence o artesanato, operam como um fator de identificação do que cada cultura espera de seu meio econômico. É exatamente nesse sentido que a Economia Criativa contribui para transformar o conceito que temos sobre nossa sociedade”.
No Prêmio Brasil Criativo, o campo de Expressões Culturais abrange 6 categorias: em Arte Digital, serão avaliados processos que valorizem a colaboração e criação de espaços de livre acesso na internet com conteúdos disponibilizados e licenças flexíveis, atrelados à informação e a cultura. Artes Visuais envolve pintura, escultura e fotografia, entre outros experimentos artísticos. Artesanato explorará a predominância manual com técnica, aliando criatividade, habilidade e valor cultural, enquanto que Culturas Afro-Brasileiras e Culturas Indígenas deverão apresentar projetos de proteção e promoção que valorizem e fortaleçam a imagem, a história e a tradição dessas culturas, para que sejam reconhecidas.
Levando em consideração o potencial criativo e econômico do campo Expressões Culturais, o Prêmio Brasil Criativo do MinC, lançado no último dia 28 de agosto, chega para reconhecer e fomentar este e outros setores da Economia Criativa.