Presidente do Senado deixa plenário às escuras após protesto
Além de apagar as luzes, Eunício Oliveira desligou os microfones e suspendeu a sessão que discutiria a reforma trabalhista
Um protesto de senadores da oposição, contra a reforma trabalhista, fez com que o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE) tomasse uma medida extrema: apagar as luzes do plenário, desligar os microfones e suspender a sessão no início da tarde desta terça-feira, dia 11.
As senadoras Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) impediram que Eunício se sentasse à mesa, e o senador deixou o plenário afirmando, segundo os repórteres Talita Fernandes, Laís Alegretti e Bruno Boghossian, da “Folha”, que “nem na ditadura se fazia isso”.
“Não, não tem ‘pela ordem’, não. Eu vou assumir e vou desligar o som. Com licença, Fátima, com licença. Está encerrada a sessão e não tem som enquanto eu não sentar à presidência da mesa”, disse Eunício.
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Foi cogitado preparar um auditório para realizar a sessão. O regimento do Senado diz que ela pode ser realizada em outro lugar que não o plenário se houver maioria dos senadores e em quatro circunstâncias: em caso de guerra, de comoção intestina (perturbação contra a ordem pública ou autoridade constituída), de calamidade pública ou de ocorrência que impossibilite seu funcionamento.
Após mais de dez minutos de impasse, porém, Eunício decidiu encerrar a sessão, que era a última etapa de tramitação da proposta de reforma trabalhista feita pelo governo Temer.
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