Presos tomam conta de idosa de 102 anos no Rio Grande do Sul
Na década de 1940, Maria Ribeiro da Silva Tavares foi voluntária no Presídio Central de Porto Alegre. Aos 24 anos, após perder o marido, a assistente social convenceu a diretoria da instituição a dar abrigo a 36 presos.
Aos primeiros detentos, Maria concedeu um privilégio antes que iniciassem o trabalho que ela conseguiu para todos em obras da prefeitura: eles poderiam visitar a família, desde que voltassem ao final da tarde. Todos voltaram.
Anos mais tarde, Maria fundou o Patronato Lima Drumond com a herança de viúva e a ajuda dos detentos, segundo reportagem do blog Brasil, da Folha de S. Paulo. Aos longo dos anos, a assistente social passou a ser protegida pelos presos: tornou-se a única autorizada por eles a entrar na cadeia para mediar rebeliões.
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Maria completa 103 anos em novembro e continua morando no local em que 63 homens – a quem chama de “anjos” – todos condenados por tráfico de drogas e homicídio. Eles cumprem pena em regime semiaberto.
O Patronato Lima Drumond funciona em parceria com o Estado. De cordo com a reportagem, dos 1.478 estabelecimentos penais do país, apenas 16 tem esse formato.
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