Procurador pede que transfobia e homofobia sejam crimes como o racismo
Supremo Tribunal Federal deverá, em breve, se manifestar sobre a questão
O Brasil, em pleno 2015, ainda é um dos países que mais se registra casos de homofobia e transfobia em todo o mundo. Neste cenário de intolerância, violência e mortes, o procurador-geral da República, Rodrigo Janor, em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (ST), pede que ataques contra a população LGBTT passem a ser considerado crime, assim como a Lei 7.716/89/89, que configura racismo. Em breve, o Supremo deve se manifestar sobre a questão.
O pedido é uma resposta à inércia do Congresso Nacional para criminalizar infrações ligadas à homofobia e transfobia, que pode decretar Mora Legislativa, pressionando o Congresso a legislar sobre a questão e assim equiparar tais crimes ao racismo.
Discutida desde 2001, a pauta é uma questão de direito constitucional não assegurada pelo Estado, que se absteve da obrigatoriedade de indenização e se ausentou de proteger as vítimas de crimes de orientação e gênero.
- O que se sabe sobre o barbeiro que agredia gays e grava ataques no Rio
- Menina de 10 anos sofre racismo na internet e mãe registra queixa no RJ
- Apresentador da Globo denuncia racismo em shopping: ‘É entregador?’
- Em especial de Natal da Record, Edir Macedo dá show de homofobia
“A homofobia decorre da mesma intolerância que suscitou outros tipos de discriminação, como aqueles em razão de cor, procedência nacional, religião, etnia, classe e gênero”, afirma o procurador geral em seu parecer, criando o vínculo da interpretação jurídica do texto.Em 2014, o Procurador já havia se manifestado sobre o assunto, em recurso movido pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) no mandado de injunção (MI) 4733, que pedia a criminalização da homofobia.
Após demissão, professora denuncia transfobia em colégio particular de SP
#28horas: Catraca Livre lança campanha contra homofobia