Procuradoria pede 386 anos de prisão para Eduardo Cunha

Com informações da Agência Brasil

16/01/2018 18:09

O Ministério Público Federal pediu à Justiça Federal do Distrito Federal que o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja condenado a 386 anos de prisão, além de pagar uma multa no valor de R$ 13,7 milhões pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e prevaricação, no âmbito investigação da Operação Sépsis. As informações são de Felipe Pontes , repórter da Agência Brasil.

O deputado cassado Eduardo Cunha, que está preso
O deputado cassado Eduardo Cunha, que está preso

O pedido foi feito nas alegações finais assinadas pelos procuradores Anselmo Cordeiro Lopes e Sara Moreira Leite, que integram a força-tarefa da Operação Greenfield. Eles querem também que o ex-ministro de Estado e ex-deputado Henrique Eduardo Alves seja condenado a 78 anos de prisão, além de multa de R$ 3,2 milhões, pelos mesmos crimes.

“Igualmente é essencial para a definição das penas de Henrique Alves e Eduardo Cunha a constatação de serem estes criminosos em série (criminal serial), fazendo da política e da vida pública um caminho para a vida delituosa. De fato, restou demonstrado no curso da ação penal que Cunha e Alves possuem personalidades voltadas para o crime, para a corrupção em seu sentido mais amplo”, escreveram os procuradores.

Neste processo, os dois ex-deputados foram acusados de receber propina da empresa Carioca Engenharia em contratos do projeto Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, financiados pelo Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS). Ambos estão presos preventivamente em decorrência de outros casos.

A apresentação das alegações finais é a última etapa da ação penal,. Agora caberá ao juiz federal Vallisney de Souza Oliveira definir as sentenças.

Por meio de nota, a defesa de Cunha disse que as alegações finais da Procuradoria não passam de “ficção científica”, não havendo provas contra o ex-deputado, somente depoimentos em delações premiadas. A Agência Brasil ainda não conseguiu contato com as defesas dos demais acusados.

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