Professor da UFPR é investigado por assédio moral após gravação viralizar

Caso ganhou repercussão após vídeo de um trecho da aula ser compartilhado nas redes sociais

Alunos denunciam professor por assédio moral e UFPR abre processo de investigação
Créditos: Reprodução/UFPR | TikTok
Alunos denunciam professor por assédio moral e UFPR abre processo de investigação

Uma aluna da Universidade Federal do Paraná (UFPR) denunciou em uma rede social um professor do curso de Engenharia Florestal por uma série de episódios de assédio moral. No áudio, o homem é flagrado bastante irritado e chega a bater na mesa e jogar uma caneta no chão.

Em dado momento, ele afirma ainda que o trabalho entregue pela estudante está “uma m*rda” e diz que é ele quem “dá as ordens“. “Eu mando nessa merd*, eu dou as ordens, eu dou o sentido”, diz ele, enquanto dá socos na mesa.

@anafideliss

você adoece depois de 6 anos nessa. #assediomoral #saudemental #universidadefederal #universitario #sanidademocional

♬ som original – Ana Paula Fidélis

Outros alunos também se manifestaram e denunciaram o professor, que não teve a identidade revelada. Assista:

Ao publicar o vídeo, a aluna explicou que os gritos do professor começaram depois que ele “marcou atividade fora do horário da aula”, e ela precisou ir em outro horário porque coincidia com seu estágio.

Os alunos também disseram que denunciaram o caso há meses para a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), a coordenação e a secretaria do curso. Mas, ainda segundo os estudantes, as reclamações não surtiram efeito.

Professor será investigado

A UFPR informou que abriu processo de investigação depois que o vídeo com as gravações das aulas viralizou nas redes sociais.

“Ressaltamos que a UFPR não compactua com nenhuma forma de discriminação ou violência, seja ela física, verbal ou simbólica”, disse a universidade em nota enviada à imprensa.

“O estudante ou membro da comunidade que presenciar qualquer situação deve realizar denúncia via Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade ou pela ouvidoria institucional”, concluiu o comunicado.