Professora dá cursos sobre mulheres negras que fizeram história

Interessados têm a oportunidade de fazer os cursos presenciais ou on-line ; mulheres negras têm desconto

07/10/2016 11:18

Mestre em educação e conhecida por escrever sobre o funk brasileiro e apresentar um trabalho sobre o tema nos Estados Unidos, Jaque Conceição aposta em um novo nicho de mercado: cursos segmentados sobre personalidades negras, especialmente as mulheres.

Angela Davis é uma das mulheres estudadas no curso
Angela Davis é uma das mulheres estudadas no curso

Em parceria com o Coletivo Di Jejê, durante o mês de outubro ela oferece dois cursos presenciais de grande relevância para o campo do feminismo negro – em ascensão nos últimos dois anos.

O primeiro deles ocorre no dia 12 de outubro, na Casa Comunitária Di Jejê e abordará “O pensamento de Angela Davis”. “Esta será a última edição do curso sobre a professora e ativista norte-americana Angela Davis e terá textos inéditos em português”, anuncia.

Já no dia 22 de outubro, a professora ministra o curso “A solidão da mulher negra”, que trabalhará com a linguagem cinematográfica de Spike Lee. “Ele foi um importante diretor afro-americano, cujos filmes retratam o universo dos negros e negras da diáspora”, diz.

Ainda de acordo com Jaque Conceição, cada curso presencial terá 25 vagas e a prioridade é para as mulheres negras.

Cursos on-line
Outro destaque do trabalho são os cursos on-line, que costumam ter até 80 participantes. A ideia, segundo Jaque, veio após a primeira edição dos cursos, que ocorreu em setembro de 2015. De lá pra cá, ela participou de um curso na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e não parou mais. “Os temas estão ligados ao feminismo negro e ao movimento negro e pensamos em ampliar isso para a internet, a fim de atender o publico que nem sempre pode estar presente”, destaca.

Por isso, o próximo curso online será sobre feminismo negro norte-americano a partir de autoras como Patrícia Hill Collins, Erika Huggins e Audre Lorde. “O ensino à distância rompe barreiras e aproxima pessoas. Um exemplo é que na primeira edição do curso ‘A história do feminismo negro no Brasil’ tivemos alunas do Uruguai e de Cabo Verde, na África”, pontua.

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