Professora é agredida em SP após ouvir que é ‘amiga de veado’
A jovem levou quatro pontos no lado direito da cabeça
A professora Bruna Torres, de 20 anos, foi agredida por um homem no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo, na madrugada deste domingo, dia 24, depois ouvir que era “amiga de veado” e defender o casal gay que a acompanhava. A jovem foi encaminhada ao Hospital das Clínicas e levou quatro pontos no lado direito da cabeça.
Ao Catraca Livre, Bruna narrou o caso e contou que acredita ter sido crime de ódio. “Preconceito não é opinião, preconceito mata, machuca e fere”, afirma. Segundo a vítima, ela e os dois amigos homossexuais voltavam de uma festa no centro, quando desceram do Uber na esquina da Avenida São Gabriel com a rua Pedroso de Alvarenga e foram abordados por um carro de cor escura.
Assustado, um dos amigos deu “oi” ao motorista que, de acordo com Bruna, fechou a cara e perguntou se ela era amiga deles. Ao responder que sim, o sujeito retrucou: “Então, você é uma vagabunda amiga de veado?”.
Em seguida, a professora disse: “Moço, eu sou amiga deles sim, moramos aqui do lado, para de mexer com a gente”. Mesmo assim, ele a ameaçou: “Já que você é amiga de veado eu vou te mostrar o que é bom”.
Quando o motorista abriu a porta, Bruna e o casal saíram correndo. O homem entrou no carro, deu ré, abriu o porta-malas, retirou um objeto e foi atrás deles. “Ele bateu do lado direito da minha cabeça e no ombro, me puxou, mas eu continuei correndo e entrei na casa do meu amigo, onde percebi o chão cheio de sangue”, relata.
No hospital, a jovem foi medicada com remédios para dor, calmante e levou quatro pontos. A professora registrou um boletim de ocorrência no 15º Distrito Policial do Itaim Bibi por lesão corporal e injúria. Ela acredita que o veículo seja um HB20 ou um Punto, mas eles não conseguiram anotar a placa.