Professores universitários procuram ajuda para deixar o país
Durante as eleições presidenciais no ano passado, diversas universidades foram invadidas pela polícia para retirarem cartazes com mensagens antifascistas e classificadas como esquerdistas.
Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por exemplo, os docentes receberam uma carta anônima com 15 nomes de professores e estudantes sendo ameaçados de serem expulsos da instituições, caso Jair Bolsonaro ganhasse a eleição. As ameaças focavam principalmente pesquisadores que trabalham com a comunidade LGBT.
Desde então, a Scholars at Risk – organização sediada nos Estados Unidos que atente acadêmicos em risco – tem recebido pedidos de ajuda de docentes brasileiros que querem sair do país, pois não se sentem seguro em continuar trabalhando livremente no país. Até o fato, apenas um professor havia procurado ajuda, agora já são 18.
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“Devido à mudança significativa para a direita na atmosfera sociopolítica no Brasil que levou à eleição de Bolsonaro, os candidatos do Brasil relatam instabilidade, medo de serem detidos ou presos, assédio e medo de serem mortos ou desaparecerem”, declara Madochée Bozier, assistente do programa de proteção a professores universitários, em entrevista à Agência Pública.