Projeto manifesta poesia na pele feminina

Com objetivo de tirar a poesia do papel e transmutá-la, nasceu o  “Poesia Segunda Pele”. Há quatro meses, o projeto coloca mulheres como personagens principais de intervenções poéticas que usam o corpo feminino para escrever versos.

“Estava em um processo de colagem enquanto fanzinava a parede do meu quarto e escrevi as palavras poesia e segunda pele ao lado de uma foto minha e a ideia brotou. Um amiga aceitou pintar versos com batom pelo corpo e fotografar, dando inicio ao projeto. Depois disso a página foi criada e tudo aconteceu”, explica a produtora da Baixada Fluminense, Camila Senna, que toca o Poesia Segunda Pele. E, desde então, cerca de 20 mulheres já foram fotografadas.

Por escolher mulheres como modelos, o projeto tem o objetivo de trabalhar a questão do gênero. “Comecei com as mulheres por conta do uso abusivo da mulher como mercadoria. E, o projeto tem encantado até mesmo as mulheres machistas por exaltar a diversidade feminina”, conta Camila. No entanto, o Poesia Segunda Pele não quer se fechar e futuramente pretende atingir também os homens.

A frases escolhidas para o corpo surgem através de uma conversa entre a produtora e a participante da intervenção. “Me harmonizo com a moça. Faço perguntas sobre o que ferve nela como emoção, estilo literário, signo e coisas do tipo. Partindo da conversa a coisa flui”.

Além das fotos para a Fanpage, o projeto conta ainda com intervenções em espaços públicos e já passou por locais como a Lapa, Centro Cultural Donana, Centro Cultural Silvio Monteiro e Quiosque Globo Rio. As ações fazem parte do objetivo do projeto de reverberar a poesia da Baixada e, em breve, um filme sobre o Poesia Segunda Pele também ajudará nessa missão.

O projeto ganhou admiradores em outros estados e já recebeu fotos do Recife e Maranhão, quem quiser conhecer mais sobre o Poesia Segunda Pele ou até enviar uma foto, basta acessar a página no Facebook. Confira fotos dos ensaios poéticos:

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