Proprietário de imóvel em Curitiba, Moro recebe auxílio-moradia

02/02/2018 12:54

Atualizado em 17h30

Em meio ao clima político acirrado que divide o país, um dos nomes que protagonizam o atual cenário virou no notícia na manhã desta sexta-feira, 2.

Segundo informação divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, o juiz Sérgio Moro, responsável por conduzir a Operação Lava-Jato, recebe auxílio-moradia de R$ 4,3 mil – ainda que possua um imóvel em Curitiba. O benefício é garantido por liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que autorizou o pagamento aos magistrados.

Meses atrás, Sérgio Moro e o senador mineiro Aécio Neves, citado inúmeras vezes na Operação Lava Jato, foram fotografados em momento de descontração
Meses atrás, Sérgio Moro e o senador mineiro Aécio Neves, citado inúmeras vezes na Operação Lava Jato, foram fotografados em momento de descontração

Ainda de acordo com a reportagem, o juiz é proprietário de um imóvel de 256 m2 no bairro Bacacheri, região nobre da capital paranaense. De acordo com a apuração, o juiz adquiriu a casa em junho de 2002 de um colega juiz federal do Tribunal Regional Federal (TRF4) por R$ 173.900.

O pagamento de auxílio-moradia será rediscutido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em março.

Moro se defende: benefício compensa falta de reajuste salarial 

Após repercussão da notícia sobre o auxílio-moradia, Sérgio Moro se pronunciou a respeito do assunto. Para ele, o benefício oferecido a, pelo menos, 17 mil magistrados em todo o país nada mais é que uma forma de compensar a falta de reajuste salarial aos juízes federais. “O auxílio-moradia é pago indistintamente a todos os magistrados e, embora discutível, compensa a falta de reajuste dos vencimentos desde 1 de janeiro de 2015 e que, pela lei, deveriam ser anualmente reajustados”.

Em agosto de 2015, foi apresentado projeto de lei à Câmara Federal para aumentar o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de R$ 33.293,38 para R$ 39.293,38, o que representava 16,38% de aumento. Na época, a proposta foi rejeitada pelo Legislativo.