Protesto contra a reforma da previdência acaba em confronto em SP

GMC usou bombas de efeito moral para dispersar a multidão que protestava contra a reforma da previdência paulistana

O protesto contra a reforma da previdência da cidade de São Paulo provocou novos conflitos na tarde desta quarta-feira, 26. Servidores municipais entraram em confronto com a Guarda Civil Metropolitana em frente à Câmara Municipal.

A Câmara Municipal é palco de novos protestos

A GMC usou bombas de efeito moral para tentar dispersar os manifestantes, que arremessaram lixo, garrafas e pedras contra os guardas.

Os funcionários municipais contrários à reforma se aglomeravam desde a manhã e chegaram a derrubar um dos portões de acesso à casa legislativa na confusão.

Uma primeira votação, realizada no dia 21, também foi tumultuada. No momento mais acalorado dos debates, guardas entraram no plenário para retirar os manifestantes. O vereador Eduardo Suplicy (PT), de 77 anos, defendeu uma mulher que estava sendo removida.

Mesmo em meio aos protestos, o texto foi aprovado em primeira votação. Depois de concluída a sessão de hoje, a proposta deve seguir para a sanção do prefeito Bruno Covas.

Reforma da previdência paulistana

O prefeito de Bruno Covas (PSDB) quer aprovar o projeto que aumenta a alíquota de 11% para 14% e prevê uma previdência complementar para quem ganha acima do teto.

Os vereadores da oposição e os manifestantes criticam a estratégia da administração municipal de realizar a votação às pressas em meio ao feriado de fim de ano.

Dos 55 vereadores, 33 são favoráveis às mudanças na previdência.