PUC-SP relembra resistência à ditadura com histórias e cronologia do golpe

A universidade foi perseguida por abrigar intelectuais contrários ao regime militar

Em 1983, estudantes levaram elefantes à PUC para representar o peso da ditadura

Nesta segunda, o golpe militar que mergulhou o Brasil em 21 anos de ditadura completa 50 anos, e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (SP) relembra sua atuação na resistência ao regime. A universidade abrigou intelectuais e estudantes críticos à ditadura em um período marcado pela censura e a perseguição aos opositores.

Por meio de suas redes sociais, a PUC-SP está falando sobre eventos históricos que marcaram a resistência ao regime, na campanha #LembrarÉResistir. Em seu site oficial, a universidade traz algumas das histórias da época, como a contratação de professores demitidos por universidades públicas (Florestan Fernandes, Paulo Freire, Maurício Tragtenberg, entre outros); a invasão do campus pela PM em 1977; e os incêndios criminosos do Tuca (teatro da PUC).

No Twitter, o professor Luiz Antonio Dias, do Departamento de História, faz uma cronologia da movimentação política em 31 de março de 1964, que levaram ao golpe.

“Para a PUC-SP, recordar estes tristes episódios é resistir ao esquecimento e uma maneira de sensibilizar a sociedade para que o arbítrio político, a violência de Estado, as torturas e a falta de liberdade nunca mais se repitam”, diz a descrição das atividades.