Qualidade da água em locais que receberão os Jogos Olímpicos do Rio é equivalente a esgoto não tratado
Uma investigação da Associated Press revelou dados alarmantes sobre a qualidade da água no Rio de Janeiro e o impacto na saúde dos atletas estrangeiros durante as Olimpíadas de 2016.
As análises mediram a qualidade da água em locais que receberão esportes aquáticos nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, como a Lagoa Rodrigo de Freitas, a Baía de Guanabara e a praia de Copacabana.
Em 75% das amostras retiradas da Lagoa, o número de coliformes fecais excedia o limite permitido pelas autoridades brasileiras. Em duas das amostras, o nível era 10 vezes maior do que o aceitável.
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A presença de vírus, bactérias e coliformes fecais é tão alta que atletas internacionais têm 99% de chance de sofrer alguma infecção se ingerirem apenas três colheres de chá de água. Quem afirma é a americana Kristina Mena, especialista em avaliação de risco de contaminação por vírus entrevistada pelo Huffington Post.
Embora a ingestão de pequenas quantidades de água seja comum em esportes aquáticos, vírus podem entrar no corpo por qualquer orifício e até mesmo por pequenos cortes na pele. Naturalmente, a contaminação também depende da imunidade e de outras condições de saúde.
Se ficarem doentes, os atletas podem não conseguir competir, comprometendo o andamento das Olimpíadas no Rio de Janeiro. Os especialistas consultados pela reportagem do Huffington Post afirmam que, no geral, brasileiros já criaram resistência contra o problema, por isso a má qualidade da água afeta sobretudo os atletas internacionais.
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