Queimaduras trouxeram timidez a Alison dos Santos e quase o tiraram das Olimpíadas

Medalhista de bronze em Tóquio quase desistiu do atletismo após enfrentar muito bullying e preconceito devido a suas cicatrizes

03/08/2021 00:45

Medalha de bronze nas Olimpíadas de Tóquio no atletismo, pela prova dos 400m com barreiras, Alison dos Santos, o Piu, quase desistiu do esporte por conta das cicatrizes de queimaduras que tem na cabeça desde a infância. A marca em seu rosto lhe trouxe timidez, pois o atleta, que hoje tem 21 anos de idade, sofreu muito bullying ao longo da vida.

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Alison dos Santos, medalhista de bronze nas Olimpíadas, quase desistiu do esporte por conta das cicatrizes em sua cabeça
Alison dos Santos, medalhista de bronze nas Olimpíadas, quase desistiu do esporte por conta das cicatrizes em sua cabeça - reprodução/TV Globo

Imagine só se todo esse preconceito contra Alison o tivesse feito desistir do atletismo. Nesta madrugada de 3 de agosto, ele não poderia dizer que conquistou uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos.

A história de sua queimadura foi retratada no Instagram do Time Brasil por meio de uma tirinha muito emocionante. As imagens mostram que Alison ganhou suas cicatrizes quando era ainda um bebê, devido a um acidente doméstico.

Quando ele tinha apenas 10 meses de idade, uma panela de óleo quente caiu sobre sua cabeça. O acidente causou queimaduras de terceiro grau, e Alison comemorou seu aniversário de um ano ainda internado no Hospital do Câncer de Barretos.

Com o objetivo de esconder as cicatrizes que marcam até hoje seu corpo, Alison usou boné por muito tempo. As marcas mais visíveis estão na parte superior da cabeça e em parte da testa, áreas em que perdeu os cabelos. Parte da pele do rosto, do lado direito, também é mais escura por causa da queimadura.

Ele chegou a ser convidado para treinar atletismo aos 14 anos, mas a princípio recusou. Naquela idade, ele já tinha 1,85m. Hoje, Alison dos Santos mede 2m de altura. Meses depois, o convite a Alison foi refeito. E aí ele venceu a timidez, mas muito porque um amigo, Alexandre Inocêncio, já estava treinando atletismo.

Confira a história na íntegra: