Rebelião deixa ao menos 52 mortos em presídio no Pará
O ocorrido teve início, supostamente, por causa de uma briga entre facções criminosas rivais
Uma rebelião no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Pará, deixou ao menos 52 detentos mortos, entre eles 16 decapitados, na manhã desta segunda-feira, 29, de acordo com informações da Susipe (Superintendência do Sistema Penitenciário do estado). O ocorrido teve início, supostamente, por causa de uma briga entre facções criminosas rivais.
Dois agentes penitenciários foram mantidos reféns e liberados no final da manhã após negociação envolvendo policiais civis e miliares e promotores de Justiça. Vídeos feitos por detentos antes do fim da rebelião, obtidos pelo UOL, mostram cabeças de detentos sendo jogadas no chão em uma das alas do presídio.
“Tratou-se de uma guerra de facções. Em Altamira, há uma facção local chamada Comando Classe A (CCA) e que divide o presidio com integrantes do Comando Vermelho, e que foram esses vítimas desse ato praticado pelos integrantes da organização criminosa CCA”, disse o secretário extraordinário para assuntos penitenciários, Jarbas Vasconcelos.
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Ainda segundo o secretário, o presídio estava com 311 presos, 11 a mais do que sua capacidade. A organização CCA recentemente tornou-se aliada ao PCC (Primeiro Comando da Capital), que disputa com o Comando Vermelho a liderança dos presídios brasileiros.
Em 2018, sete presos foram mortos e três ficaram feridos na mesma unidade durante um motim ocorrido na madrugada depois de uma tentativa de fuga que não deu certo.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, declarou que está acompanhando a situação do centro e que conversará com o governo do estado para debater as possíveis providências.